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JUSTIÇA
Defesa entrará com novo pedido de habeas corpus, no Supremo Tribunal Federal, para tentar reverter decisão
STJ decide manter condenação de Cury
DA FOLHA RIBEIRÃO
A Justiça negou o habeas corpus em defesa do usineiro Marcelo Cury e manteve sua condenação em regime semi-aberto. O recurso-solicitado no STJ (Superior Tribunal de Justiça)- pedia
que a punição fosse alterada para
o regime aberto. A decisão foi divulgada no último dia 16.
A defesa do usineiro deve apresentar nos próximos dias um novo pedido de habeas corpus tentando reverter a situação. O recurso será encaminhado ao STF (Supremo Tribunal Federal).
Umas das advogadas de defesa,
Dora Cavalcanti Cordani, afirmou que Cury não está foragido.
"O mandado de prisão ainda não
foi expedido, portanto, ele não está se escondendo."
Ela afirmou também que a defesa pode ser bem sucedida no novo
recurso, já que a decisão do tribunal não teria sido unânime.
O processo que tramita em Araraquara é referente à morte do gerente Archimedes Castro Ramos
Neto, 35, que ocorreu no dia 5 de
abril de 97, após o capotamento
do Audi onde estavam ele e Cury.
Na época, a defesa de Cury alegou que Ramos dirigia o carro,
mas a Justiça entendeu que o usineiro estava ao volante, o que gerou a condenação por homicídio
culposo.
Momentos antes do acidente,
Cury teria matado duas pessoas e
ferido uma outra na avenida Presidente Vargas, em Ribeirão.
O processo judicial pelas duas
mortes tramita paralelamente ao
de Araraquara.
No processo em Ribeirão Preto,
o TJ (Tribunal de Justiça) manteve a acusação de homicídio duplamente qualificado e deve encaminhar Cury a júri popular.
As qualificadoras do crime são
motivo torpe (desonesto) e utilização de recurso que impossibilitou a defesa das vítimas.
O assistente de acusação do caso, o advogado Heráclito Mossin,
afirmou que a decisão no processo de Araraquara deve interferir
no de Ribeirão. "O juiz deve considerar a condenação anterior."
Ele disse que está aguardando a
decisão do TJ ser publicada para
analisar os argumentos. "A partir
da publicação, poderemos saber
de fato como os juízes entenderam o caso e como preparar as
próximas acusações."
Na publicação, também deverá
ser esclarecido o motivo do processo disciplinar movido contra o
juiz de Ribeirão Preto, Luís Augusto Freire Teotônio. De acordo
com o TJ, ele teria denegrido a
imagem da 3ª Câmara Criminal.
No entanto, como a decisão ainda
não foi publicada, os motivos do
processo são desconhecidos.
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