Ribeirão Preto, Domingo, 30 de Novembro de 2008

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Queda na citricultura atinge mais cidades

Balanças comerciais de Bebedouro, Araraquara e Matão são afetadas

Queda em Araraquara foi a maior, de 17%, contra 16,7% registrados em Matão; Bebedouro teve a menor redução, de 5%

DA FOLHA RIBEIRÃO

Apesar de o setor sucroalcooleiro ter sido responsável pela maior queda da região, em Ribeirão Preto, foi a citricultura que afetou a maior quantidade de municípios. Por causa dela, as balanças comerciais de Araraquara, Matão e Bebedouro estiveram entre as que caíram neste ano, em relação aos dez primeiros meses de 2007, segundo o Ministério do Desenvolvimento Econômico.
Em Araraquara, a exportação de suco de laranja representa 78% dos US$ 806 milhões obtidos até outubro. O produto rendeu US$ 628 milhões neste ano, contra US$ 760 milhões em 2007, o que representa uma queda de 17%.
Em Matão, onde o produto representa 74% das exportações, a queda foi de 16,7%. Já em Bebedouro, a exportação do suco de laranja (que representa 92% do mercado externo) caiu cerca de 5%.
O presidente da Associtrus (Associação Brasileira de Citricultores), Flávio Viegas, reconhece a crise no setor, mas nega que ela seja causada apenas pelo desastre econômico deflagrado há 40 dias, nos EUA.
"Embora a indústria não queira reconhecer, o primeiro fator que interfere é a quebra de safra, que foi retardada. O efeito está chegando agora."
Para o representante dos produtores, os efeitos da crise serão intensificados no setor nos próximos meses. "Daqui para a frente, a quebra da safra e a crise vão começar, juntas, a interferir bastante."
A Folha procurou a Abecitrus, que representa as empresas, por meio de seu presidente, Ademerval Garcia. Ele afirmou que a entidade não fala mais sobre a economia do setor. A Cutrale, única indústria do setor em atividade na região, também foi procurada, mas não se manifestou.
No setor de sapatos, base da economia de Franca, segunda maior localidade da região de Ribeirão Preto, a expectativa também é de que efeito venha a partir de novembro.
"O impacto deve estar por vir", afirmou o empresário José Carlos Brigagão do Couto, presidente do Sindifranca (Sindicato da Indústria de Calçados de Franca).


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