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Viaduto da Castelo agravou trânsito em bairros da zona leste
Problema foi levantado por moradores da Vila Abranches durante audiência do Plano Plurianual de Ribeirão Preto
Arquiteto da Secretaria do Planejamento diz que reclamação tem sentido, mas Transerp diz que obra não interferiu no trânsito
VERIDIANA RIBEIRO
DA FOLHA RIBEIRÃO
Moradores da zona leste de
Ribeirão Preto reclamam do
congestionamento provocado
nas entradas dos bairros em
horários de pico, problema que
teria sido agravado após a inauguração do viaduto na avenida
Castelo Branco, em outubro.
O assunto foi debatido na semana passada em uma das três
audiências públicas realizadas
pela prefeitura para discussão
do PPA (Plano Plurianual), documento no qual o governo indica as políticas públicas e projetos prioritários para os próximos quatro anos.
O publicitário Moisés Abdala
Filho, 39, morador do Parque
Bandeirantes, afirma que no
início da manhã, na hora do almoço e no final da tarde, a lentidão do trânsito em bairros próximos à avenida Treze de Maio
e, principalmente, perto da rodovia Anhanguera, como a Vila
Abranches, ficou maior após a
construção do viaduto.
Segundo o arquiteto José
Luiz de Almeida, chefe da Divisão de Sistema Viário da Secretaria de Planejamento e Gestão
Pública, a reclamação do morador faz sentido. É que uma das
rotas para a Anhanguera passa
pela Castelo Branco. Após a
construção do viaduto, mais
carros passaram a chegar ao
mesmo tempo na entrada de
bairros como a Vila Abranches.
"Mas aquela entrada já está
subdimensionada para o tráfego que ela recebe hoje, independentemente da construção
do viaduto", disse Almeida.
Questionada pela reportagem, a Transerp (Empresa de
Trânsito e Transporte Urbano
de Ribeirão Preto S.A) informou que a liberação do viaduto
"não interferiu negativamente
nas condições do trânsito dos
setores adjacentes".
Vinte dias após a inauguração da obra, que consumiu R$
24,5 milhões, a Folha mostrou
que o engarrafamento migrou
da rotatória que interligava a
Castelo Branco com a avenida
Presidente Kennedy para o trevo Waldo Adalberto Silveira,
que dá acesso às rodovias
Anhanguera, Abrão Assed, Antônio Machado Sant'Anna e a
própria Castelo.
Segundo Almeida, a duplicação da avenida Henry Nestlé,
que distribui o tráfego para 17
bairros da zona leste, além da
construção de um viaduto interligando a via com a avenida
Guadalajara, seriam a solução
para os problemas de trânsito
naquela região da cidade.
A duplicação da Henry Nestlé deve ser licitada pela prefeitura no próximo ano. Já a construção do viaduto depende da
concessionária Autovias, que
administra o trecho para onde
a obra foi projetada.
Um pedido de execução da
obra foi entregue à Artesp
(Agência Reguladora de Serviços Públicos de Transporte do
Estado de SP). A concessionária informou, via assessoria,
que não foi procurada.
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