Ribeirão Preto, Segunda-feira, 30 de Novembro de 2009

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Viaduto da Castelo agravou trânsito em bairros da zona leste

Problema foi levantado por moradores da Vila Abranches durante audiência do Plano Plurianual de Ribeirão Preto

Arquiteto da Secretaria do Planejamento diz que reclamação tem sentido, mas Transerp diz que obra não interferiu no trânsito


VERIDIANA RIBEIRO
DA FOLHA RIBEIRÃO

Moradores da zona leste de Ribeirão Preto reclamam do congestionamento provocado nas entradas dos bairros em horários de pico, problema que teria sido agravado após a inauguração do viaduto na avenida Castelo Branco, em outubro.
O assunto foi debatido na semana passada em uma das três audiências públicas realizadas pela prefeitura para discussão do PPA (Plano Plurianual), documento no qual o governo indica as políticas públicas e projetos prioritários para os próximos quatro anos.
O publicitário Moisés Abdala Filho, 39, morador do Parque Bandeirantes, afirma que no início da manhã, na hora do almoço e no final da tarde, a lentidão do trânsito em bairros próximos à avenida Treze de Maio e, principalmente, perto da rodovia Anhanguera, como a Vila Abranches, ficou maior após a construção do viaduto.
Segundo o arquiteto José Luiz de Almeida, chefe da Divisão de Sistema Viário da Secretaria de Planejamento e Gestão Pública, a reclamação do morador faz sentido. É que uma das rotas para a Anhanguera passa pela Castelo Branco. Após a construção do viaduto, mais carros passaram a chegar ao mesmo tempo na entrada de bairros como a Vila Abranches.
"Mas aquela entrada já está subdimensionada para o tráfego que ela recebe hoje, independentemente da construção do viaduto", disse Almeida.
Questionada pela reportagem, a Transerp (Empresa de Trânsito e Transporte Urbano de Ribeirão Preto S.A) informou que a liberação do viaduto "não interferiu negativamente nas condições do trânsito dos setores adjacentes".
Vinte dias após a inauguração da obra, que consumiu R$ 24,5 milhões, a Folha mostrou que o engarrafamento migrou da rotatória que interligava a Castelo Branco com a avenida Presidente Kennedy para o trevo Waldo Adalberto Silveira, que dá acesso às rodovias Anhanguera, Abrão Assed, Antônio Machado Sant'Anna e a própria Castelo.
Segundo Almeida, a duplicação da avenida Henry Nestlé, que distribui o tráfego para 17 bairros da zona leste, além da construção de um viaduto interligando a via com a avenida Guadalajara, seriam a solução para os problemas de trânsito naquela região da cidade.
A duplicação da Henry Nestlé deve ser licitada pela prefeitura no próximo ano. Já a construção do viaduto depende da concessionária Autovias, que administra o trecho para onde a obra foi projetada.
Um pedido de execução da obra foi entregue à Artesp (Agência Reguladora de Serviços Públicos de Transporte do Estado de SP). A concessionária informou, via assessoria, que não foi procurada.


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