Ribeirão Preto, Terça-feira, 31 de Março de 2009

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Apesar de queda nas usinas, preço do álcool vai aumentar nos postos

COLABORAÇÃO PARA A FOLHA RIBEIRÃO

Apesar de ter atingido sua menor cotação nas usinas desde outubro de 2007, o litro do álcool combustível mantém o preço nas bombas em Ribeirão e deve ficar ainda mais caro nos próximos dias.
Na semana passada, o litro do álcool, sem impostos, saiu das usinas vendido a R$ 0,59, uma queda de 7% em relação à semana anterior, segundo dados do Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada), da Esalq/ USP. Foi a sétima semana seguida de queda do preço.
Esta queda, porém, não deve chegar ao consumidor, segundo representantes de postos de combustíveis. A tendência, segundo o presidente do Sincopetro (Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo do Estado de São Paulo) em Ribeirão, Oswaldo Manaia, é que o preço do combustível suba nos próximos dias.
Segundo ele, os postos estão operando com margens mínimas de lucro. "Baixar mais é impossível." A queda nas usinas não foi repassada aos postos, segundo Manaia. "Estamos pagando R$ 0,93, não dá nem para as despesas."
Sem prever uma data, o diretor da Brascombustíveis, Renê Abbad, também acredita que o consumidor voltará a pagar mais caro pelo álcool. "Deve voltar para o patamar anterior, de R$ 1,19, no máximo", diz. Uma queda nos preços está descartada, de acordo com o diretor.
Os atuais preços, alguns abaixo de R$ 1, são resultado de promoções das distribuidoras, que tinham como objetivo combater os postos de "bandeira branca" (sem marca), segundo Abbad.
Para o diretor regional da Unica (União da Indústria de Cana-de-açúcar) em Ribeirão, Sérgio Prado, a queda no preço do álcool nas usinas é reflexo da grande quantidade do produto disponível. "Muitas usinas emendaram as safras, não pararam de moer."
A incapacidade das usinas em regular o preço do álcool é apontada por Prado como um gargalo. "O mercado não tem estoque regulador."


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