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Apesar de queda nas usinas, preço do álcool vai aumentar nos postos
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
RIBEIRÃO
Apesar de ter atingido sua
menor cotação nas usinas
desde outubro de 2007, o litro
do álcool combustível mantém o preço nas bombas em
Ribeirão e deve ficar ainda
mais caro nos próximos dias.
Na semana passada, o litro
do álcool, sem impostos, saiu
das usinas vendido a R$ 0,59,
uma queda de 7% em relação
à semana anterior, segundo
dados do Cepea (Centro de
Estudos Avançados em Economia Aplicada), da Esalq/
USP. Foi a sétima semana seguida de queda do preço.
Esta queda, porém, não deve chegar ao consumidor, segundo representantes de postos de combustíveis. A tendência, segundo o presidente
do Sincopetro (Sindicato do
Comércio Varejista de Derivados de Petróleo do Estado
de São Paulo) em Ribeirão,
Oswaldo Manaia, é que o preço do combustível suba nos
próximos dias.
Segundo ele, os postos estão operando com margens
mínimas de lucro. "Baixar
mais é impossível." A queda
nas usinas não foi repassada
aos postos, segundo Manaia.
"Estamos pagando R$ 0,93,
não dá nem para as despesas."
Sem prever uma data, o diretor da Brascombustíveis,
Renê Abbad, também acredita que o consumidor voltará a
pagar mais caro pelo álcool.
"Deve voltar para o patamar
anterior, de R$ 1,19, no máximo", diz. Uma queda nos preços está descartada, de acordo
com o diretor.
Os atuais preços, alguns
abaixo de R$ 1, são resultado
de promoções das distribuidoras, que tinham como objetivo combater os postos de
"bandeira branca" (sem marca), segundo Abbad.
Para o diretor regional da
Unica (União da Indústria de
Cana-de-açúcar) em Ribeirão, Sérgio Prado, a queda no
preço do álcool nas usinas é
reflexo da grande quantidade
do produto disponível. "Muitas usinas emendaram as safras, não pararam de moer."
A incapacidade das usinas
em regular o preço do álcool é
apontada por Prado como um
gargalo. "O mercado não tem
estoque regulador."
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