Ribeirão Preto, Domingo, 31 de Julho de 2011

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Região é a 1ª em furtos e em tráfico de drogas

Área de abrangência do CPI-3, em Ribeirão, lidera no interior paulista

Foram 23,7 mil casos de furtos e 2.200 de tráfico no primeiro semestre deste ano; especialistas veem migração do crime

ANA SOUSA
DE RIBEIRÃO PRETO

O empresário Marcelo Malagutti, 27, foi acordado na madrugada da última quarta-feira com a notícia de que seu restaurante havia sido furtado pela primeira vez em dez anos em Ribeirão Preto.
Os ladrões estouraram duas portas de vidro e levaram cerca de R$ 80 em moedas do caixa. Um vigia de um dos prédios vizinhos flagrou a ação dos ladrões, que foram detidos depois que ele chamou a Polícia Militar.
"Tenho alarme, mas seria inviável reforçar a segurança agora. É pedir a Deus que não aconteça de novo."
Casos como o do empresário se tornaram frequentes em Ribeirão Preto.
Estatísticas da Secretaria de Estado da Segurança Pública apontam que, de janeiro a junho, a região do CPI-3 (Centro de Policiamento do Interior), que inclui o município, teve cerca de 23,7 mil ocorrências de furtos.
Com a marca, a região lidera o ranking de furtos (veja quadro nesta página).
Apesar de menos populosa que outras, a região do CPI-3 também lidera o ranking com cerca de 2.200 ocorrências de tráfico, deixando para trás, por exemplo, o CPI-2, em Campinas.
Segundo a Fundação Seade, a área administrativa de Ribeirão tem um milhão de habitantes, ante cerca de três milhões na de Campinas.
De acordo com delegados e especialistas ouvidos pela Folha, o volume de furtos e tráfico na região de Ribeirão indica uma migração.
A relação entre o número de furtos e o tráfico, segundo o delegado Edson Geraldo Souza, da Polícia Federal, é direta. "O tráfico é um comércio e visa o lucro. Como a região é rica, atrai mais traficantes e outros crimes."
O delegado-assistente do Deinter 3, Jayme da Silva Ribeiro Filho, afirma que, apesar dos números, grande parte do volume de furtos é de casos "simples", como celulares e documentos levados pelos ladrões.


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