Ribeirão Preto, Quarta-feira, 31 de Agosto de 2011 |
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Ribeirão já perdeu pelo menos 30 palmeiras-imperiais Cartão postal da cidade, árvores foram removidas para que obras contra as enchentes pudessem ser realizadas Especialista diz que taxa de mortes poderia ser menor, caso a retirada tivesse ocorrido nas chuvas JULIANA COISSI DE RIBEIRÃO PRETO Ao menos 30 palmeiras-imperiais da avenida Jerônimo Gonçalves, tidas historicamente como cartão postal de Ribeirão Preto, morreram ao longo de um ano após terem sido replantadas. A estimativa é da prefeitura, de um total de 128 palmeiras que tiveram de ser retiradas e transplantadas para outros locais da cidade a fim de dar espaço ao alargamento do ribeirão Preto, no projeto das obras antienchente. A retirada de cada palmeira custou R$ 4.800, com um gasto total de R$ 144 mil. A maioria foi bancada pelos cofres públicos -das 128, a remoção de 50 exemplares foi doação da empresa Leão & Leão, executora das obras. O secretário de Obras Públicas, Abranche Fuad Abdo, disse que o número de palmeiras que não sobreviveram "está dentro da margem esperada" e que as demais estão sendo regadas para evitar que mais palmeiras morram. Iniciada em setembro de 2009 e estendida até o final do ano passado, a remoção das palmeiras foi motivo de polêmica ao longo dos anos. A primeira menção à retirada das plantas foi feita em 2001, na gestão do então prefeito Antonio Palocci (PT). Além da questão ambiental, estavam em jogo o valor histórico e afetivo das palmeiras e o impacto político negativo de retirá-las. Por exigência do antigo DEPRN (Departamento Estadual de Proteção de Recursos Naturais), as palmeiras deveriam ser replantadas na cidade. Mais: a avenida teria de receber novas palmeiras. Especialista em fisiologia vegetal, Carlos Alberto Martinez, docente da USP de Ribeirão, diz que os 24% de plantas mortas estão dentro do aceitável, pelo tamanho das palmeiras e pela época em que foi feito o procedimento (incluiu o período de estiagem). Martinez afirma, porém, que a remoção poderia ser feita em época chuvosa, quando a taxa média de perda no transplante de espécies arbóreas cai para 10%. A recomendação dele é que as palmeiras replantadas sejam regadas diariamente. O promotor do Meio Ambiente, Marcelo Goulart, disse não poder dar uma opinião científica sobre a taxa de mortalidade das plantas. Ele afirmou, porém, que, nas discussões sobre a obra, chegou à conclusão de que não havia outra alternativa que não a de remover as plantas da área. Próximo Texto: Outro lado: Mortalidade está dentro do esperado, afirma secretário Índice | Comunicar Erros |
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