São Paulo, segunda-feira, 07 de março de 2011

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Rubem Alves diz que mitificação foi intencional

DO RIO

O projeto pedagógico "Fazer a Ponte" foi criado na década de 70 na instituição pública de ensino Escola da Ponte, em Vila das Aves, distrito do Porto, em Portugal.
Lá, crianças e jovens de idades diferentes aprendem em pequenos grupos com um interesse comum. Orientados por um professor, pesquisam sobre um tema e, depois, avaliam o conteúdo.
Se o aprendizado for considerado adequado, o grupo se dissolve, e formam-se outros para estudar outro tema.
Ao se deparar com esse sistema de aprendizado, o escritor e colunista da Folha Rubem Alves quis transmitir o deslumbramento que sentiu.
"Eu estava tão encantado ao me defrontar com uma escola daquela que a minha tendência era deixar as coisas bonitas", disse.
O escritor admite que há mitificação em seu livro, "A Escola que Sempre Sonhei, sem Imaginar que Pudesse Existir", mas diz que, de certa forma, ela foi intencional.
"Há certas situações em que não é para ser objetivo, porque é o encantamento que faz as transformações."
Depois de quase 30 anos lutando contra os parâmetros do governo português para as escolas públicas, a Escola da Ponte conseguiu, em 2005, um contrato de autonomia com o Ministério da Educação. Nele, é reconhecida como uma escola pública distinta da tradicional.
Perguntada sobre o a revelação de José Pacheco, a atual direção diz que a melhor pessoa para falar sobre a época é mesmo o ex-diretor.
"Como qualquer projeto, é uma construção coletiva. É feito de pessoas com expectativas, convicções, opiniões e, consequentemente, de acordos e desacordos.(FC)


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