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Pesquisa na rede é mais rápida, mas não é mais fácil
DE SÃO PAULO
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
Para mostrar as diferenças
entre os tipos de pesquisa, a
reportagem convidou dois
alunos do Elvira Brandão para participar de um desafio.
Luiz Felipe Pezzino Lugarinho, 12, teve dez minutos
para pesquisar sobre o tema
comércio informal em livros.
O mesmo tempo foi a dado a
Arthur de Oliveira Araujo, 13,
que buscou informações sobre o assunto na internet.
Na biblioteca, Luiz levou
mais de dois minutos até encontrar o volume da enciclopédia que serviria à sua pesquisa. Ao final do quarto minuto, ainda estava no índice.
No décimo, folha de caderno em branco, ele se convenceu: "Se a gente for consultar
tudo na enciclopédia, vai
perder muito tempo".
Na sala de informática, os
dez minutos foram suficientes para que Arthur visitasse
cinco sites e escrevesse quatro linhas. No entanto, elas
não faziam muito sentido.
"É feita a cobrança muito
alta de imposto para não fazer coisas com ele", dizia seu
texto, que tentava relacionar
o comércio informal à sonegação de impostos.
Segundo a psicanalista e
colunista da Folha Anna Veronica Mautner, o conteúdo
pesquisado na internet não é
tão bem assimilado quanto o
lido em uma fonte impressa.
"Existe um descaso em relação à internet. O internauta
não se apropria da informação", diz ela.
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