São Paulo, segunda-feira, 22 de março de 2010

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Cultura no Brasil é outra, diz associação

DA REPORTAGEM LOCAL

As universidades brasileiras devem, sim, captar mais recursos junto a ex-alunos e interessados em financiar estudos ou pesquisas, mas é preciso considerar que tanto a cultura da sociedade quanto o nível de renda são bem diferentes nos EUA e no Brasil. A opinião é de Gustavo Balduíno, secretário-executivo da Andifes (Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior).
Balduíno conhece casos bem e malsucedidos de universidades que foram atrás de doações e diz que esse tipo de aporte é sempre bem-vindo, mas não pode ser a base de sustentação das instituições, já que o fluxo de recursos é imprevisível.
No caso das universidades federais, ele diz que a captação é muito complexa, já que todo o dinheiro gasto deve estar previsto em orçamento aprovado pelo Congresso. "A universidade federal não tem autonomia para gerenciar os seus recursos."
No Insper (antigo Ibmec-SP), há um departamento estruturado para viabilizar as captações para financiar bolsas para graduação e os centros de estudos e pesquisa.
Para construir o prédio, em 2005, o instituto preferiu pedir doações a apelar ao merchandising. Empresas fizeram doações em homenagem a personalidades, como o banqueiro Jorge Paulo Lehman (Garantia), cujo nome batizou uma das salas de aula. Acabou arrecadando R$ 12 milhões, mais do que precisava. Formou assim o primeiro fundo para bolsas, que hoje atende cerca de 10% dos alunos de graduação.


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