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Cultura no Brasil é outra, diz associação
DA REPORTAGEM LOCAL
As universidades brasileiras devem, sim, captar mais
recursos junto a ex-alunos e
interessados em financiar
estudos ou pesquisas, mas é
preciso considerar que tanto
a cultura da sociedade quanto o nível de renda são bem
diferentes nos EUA e no Brasil. A opinião é de Gustavo
Balduíno, secretário-executivo da Andifes (Associação
Nacional dos Dirigentes das
Instituições Federais de Ensino Superior).
Balduíno conhece casos
bem e malsucedidos de universidades que foram atrás
de doações e diz que esse tipo
de aporte é sempre bem-vindo, mas não pode ser a base
de sustentação das instituições, já que o fluxo de recursos é imprevisível.
No caso das universidades
federais, ele diz que a captação é muito complexa, já que
todo o dinheiro gasto deve
estar previsto em orçamento
aprovado pelo Congresso. "A
universidade federal não
tem autonomia para gerenciar os seus recursos."
No Insper (antigo Ibmec-SP), há um departamento estruturado para viabilizar as
captações para financiar bolsas para graduação e os centros de estudos e pesquisa.
Para construir o prédio,
em 2005, o instituto preferiu
pedir doações a apelar ao
merchandising. Empresas fizeram doações em homenagem a personalidades, como
o banqueiro Jorge Paulo
Lehman (Garantia), cujo nome batizou uma das salas de
aula. Acabou arrecadando
R$ 12 milhões, mais do que
precisava. Formou assim o
primeiro fundo para bolsas,
que hoje atende cerca de 10%
dos alunos de graduação.
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