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Meninas têm tática diferente, mas também cruel
DA REPORTAGEM LOCAL
Atos de bullying costumam
ser associados ao universo
masculino. O clichê do jovem
fortão que bate no franzino de
óculos, no entanto, é apenas a
ponta do iceberg.
Meninas também praticam
bullying contra meninos e meninas, embora tenham táticas
diferentes e igualmente cruéis.
"Elas podem ser agressivas,
mas costumam usar estratégias
mais indiretas para estragar relacionamentos, procuram infligir danos psicológicos e atuam
mais em grupo", diz o especialista Allan Beane.
Todos esses expedientes foram usados contra a estudante
Luísa Jubilut, 15, quando ela tinha cinco anos. Na hora do recreio, meninas mais velhas tomavam seus óculos e deixavam
sua melhor amiga em um lugar
onde as duas não pudessem se
encontrar.
"Eu a procurava por um tempão. Passava o recreio sozinha",
lembra. Com o tempo, a perseguição ficou séria. "Eu ficava
com medo. Um dia, na porta da
escola, uma menina gritou para
eu dar meus óculos para ela. Fiquei superassustada e dei."
Do carro, o pai viu a cena e se
deu conta do que a filha passava. E a levou para outra escola.
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