São Paulo, segunda-feira, 31 de maio de 2010

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Escolas precisam de subversão, diz professor da USP

DA ENVIADA A CURITIBA

A tecnologia permite colocar novas ideias em prática, mas isso de nada adianta se a escola continuar chata e careta. A opinião é compartilhada por estudiosos do uso da tecnologia na educação.
Luli Radfahrer, professor de comunicação digital da ECA-USP e colunista da Folha, acredita que a escola precisa de mais subversão, "no sentido de pegar alguma coisa que já existe e mudar a função dela".
"Por que não criar uma wiki [enciclopédia colaborativa] de química feita por alunos do ensino médio?"
Nilbo Nogueira, doutor em educação com ênfase em novas tecnologias pela PUC-SP, dá outro exemplo: temas surgidos em sala de aula poderiam ser discutidos nas redes sociais.
Para Luca Rischbieter, consultor em tecnologia educacional na Positivo Informática, os professores continuam muito conservadores. Além disso, eles ficam apreensivos por entenderem menos de tecnologia que os próprios alunos.
"É muito difícil a tecnologia entrar no dia a dia do professor quando ela não facilita o seu trabalho", diz Mauricio Pereira Fanganiello, responsável pelas iniciativas digitais da Editora Saraiva.
Por isso, é crucial que o papel da tecnologia esteja claro para os docentes, diz Betina von Staa, colega de Rischbieter na Positivo.
Segundo ela, o uso de computadores e outras ferramentas eleva a autoestima do aluno, principalmente na rede pública. Como consequência do maior interesse pela aula, a evasão cai, constatou Betina em pesquisas.


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