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Anvisa divulga orientações sobre silicone com defeito

No Brasil, 25 mil próteses francesas com problema foram usadas; governo da França vai pagar cirurgia para mulheres retirarem implantes

DE SÃO PAULO
DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) divulgou ontem recomendações para quem tem as próteses de silicone fabricadas pela empresa francesa Poly Implant Prothèses (PIP). Os implantes tiveram sua venda proibida no ano passado, depois que o governo francês descobriu que o silicone usado era de baixa qualidade.

No Brasil, segundo a Anvisa, 25 mil dessas próteses foram usadas.

A Vigilância Sanitária afirma, por meio de nota, que as mulheres com esses implantes devem procurar seus médicos para realizar exames e fazer uma avaliação clínica.

Os médicos também devem entrar em contato com as pacientes para definir a melhor conduta. Os serviços de saúde devem notificar a Anvisa sobre casos de problemas ou retirada de implantes feitos pela empresa.

O anúncio da vigilância veio depois de o governo francês ter anunciado, ontem que vai pagar pela cirurgia de retirada dos implantes da PIP.

Ao menos oito casos de câncer foram registrados em mulheres que tinham o silicone defeituoso. No entanto, não houve comprovação de que o implante tenha sido o culpado. A cirurgia preventiva deve ser feita, segundo o governo francês, porque as próteses da PIP têm um risco maior de se romperem, o que leva ao vazamento de um silicone tóxico, que pode afetar os órgãos internos.

No Brasil, até agora, não houve registros de problemas, segundo a Anvisa.

COMO RECONHECER

Segundo Sebastião Guerra, Presidente da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica, as próteses de silicone têm um termo de garantia, com informações sobre a marca e o número de identificação.

Esse documento pode ser entregue ao paciente ou mantido pelo cirurgião junto com a ficha médica de quem foi operado.

"Se a pessoa estiver em dúvida, ela pode consultar esse documento ou o cirurgião para saber essa informação", afirma Guerra.

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