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Depoimento

'O mais grave é que pode não haver sintoma algum'

LUCCA ROSSI
DE SÃO PAULO

Em 2007, a veterinária Camila Torres Faldon, 26, se submeteu a uma cirurgia de implante de silicone nos seios. As próteses eram da marca PIP.

Por três anos, Faldon não teve problemas. No entanto, em meados de 2010, com as notícias a respeito de casos de ruptura das próteses e a falência da empresa, ela resolveu se certificar de que estava tudo certo. Não estava. Leia o depoimento abaixo.

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"Sou ultrassonografista veterinária. Quando soube dos casos de ruptura dos implantes em outras mulheres, resolvi fazer um ultrassom em mim mesma.

Com o exame, notei que a prótese esquerda tinha algumas características diferentes da direita. Então, procurei um cirurgião plástico.

Pelos exames preliminares, ele não conseguiu identificar nenhuma ruptura, mas pediu uma ressonância magnética da mama.

A prótese esquerda estava rompida, e o seu conteúdo havia vazado para meus linfonodos axilares esquerdos. Por sorte, não havia nenhum efeito colateral grave.

O médico indicou a troca da prótese. Em junho de 2010, submeti-me a nova cirurgia.

O mais grave -e o que muitas pessoas não sabem- é que a ruptura pode ocorrer sem provocar sintoma nenhum. Eu não sentia dor, nem notava diferença visual ou ao tocar nas duas próteses.

Se não tivesse procurado um médico, estaria até hoje com a prótese danificada.

Quando descobri o problema, entrei em contato com a Emi, importadora das próteses no Brasil, mas eles me informaram que só ressarciriam o valor do implante. Eu exigia o pagamento da cirurgia.

Ao tentar entrar na Justiça, já não era mais possível contatar a empresa."

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