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Vacina de hepatite B aplicada por via oral é testada no Butantan

Imunização foi eficaz em roedores; vacina hoje é aplicada por injeção intramuscular

SABINE RIGHETTI
DE SÃO PAULO

Pesquisadores do Instituto Butantan conseguiram obter, em camundongos, imunização por via oral contra o vírus da hepatite B. A atual vacina é aplicada por injeção intramuscular.

A administração oral pode reduzir custos de produção e aplicação e ainda aumenta a eficácia da vacina, já que, por essa via, o organismo produz mais anticorpos.

"A dificuldade de aplicação oral é atravessar a barreira do estômago, cuja acidez que destrói as proteínas da vacina", diz Osvaldo Augusto Sant'Anna, coordenador do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia em Toxinas do Instituto Butantan.

Por essa dificuldade, hoje existem apenas duas vacinas orais: a Sabin (contra a poliomielite) e a contra o rotavírus.

O avanço dos pesquisadores do Butantan foi a introdução, na vacina da hepatite B, de um novo adjuvante, a sílica nanoestruturada.

Esse composto protege o antígeno da acidez e estimula o sistema imunológico.

A ideia inicial era melhorar a resposta à vacina intramuscular. Ao notar a "proteção" ao antígeno, os cientistas resolveram testar a versão oral, cuja eficácia será agora posta à prova em humanos, o que deve levar dois anos.

Se a resposta for positiva, a nova vacina poderá estar no mercado em quatro anos.

As pesquisas tiveram participação de pesquisadores da USP e apoio da indústria farmacêutica Cristália.

Estima-se que mais de 50% da população mundial já tenha sido contaminada pela hepatite B. No Brasil, 15% da população já foi contaminada e 1% é portadora crônica.

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