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Cresce número de crianças que querem fazer mudança de sexo

Pediatras dos EUA receberam pacientes com apenas quatro anos

DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

Um número pequeno mas crescente de crianças tem feito tratamento para mudança de sexo, de acordo com três estudos publicados na revista científica "Pediatrics".

Essas crianças, afirmam os levantamentos, acreditam que nasceram com o sexo errado. Especialistas estimam que 1 em cada 10 mil crianças esteja nessa condição.

Um paciente típico é um pré-adolescente de oito anos, que vive em Los Angeles, nos EUA. Ele nasceu como menina mas, aos 18 meses de vida, surpreendeu a família ao dizer: "Eu sou menino".

A família, que ficou chocada no início, hoje o trata como menino. A família está esperando os primeiros sinais da puberdade para começar uma terapia hormonal.

"Os pediatras precisam saber que essas crianças existem e que precisam de tratamento", disse Norman Spack, autor de um dos trabalhos e especialista do Hospital Pediátrico de Boston. Lá, a procura por esse tipo de atendimento aumentou quatro vezes desde 1990.

De acordo com Spack, é preciso diferenciar as crianças que "brincam" de ser do sexo oposto e aquelas que se sentem como se tivessem nascido "no corpo errado".

Algumas dessas crianças acabam sendo diagnosticadas pelos psiquiatras como portadoras de "distúrbio de identidade de gênero".

Outros especialistas, porém, dizem que a nomenclatura é errônea, dando a impressão de que teriam uma forma de doença mental.

A questão envolve um debate ético novo, principalmente no caso de troca de sexo antes da maioridade. A administração de hormônios antes da puberdade para mudança de sexo pode ser um problema para o desenvolvimento da criança.

Hoje, a Sociedade de Endocrinologia dos EUA recomenda esse tipo de tratamento hormonal após os 16 anos.

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