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Avanço da KPC preocupa, dizem especialistas

DE SÃO PAULO

O avanço da KPC é preocupante, segundo especialistas ouvidos pela Folha, porque poucos antibióticos conseguem combater a superbactéria, e ela afeta pacientes que já estão em estado grave.

O presidente da Sociedade Brasileira de Infectologia, Marcelo Simão Ferreira, afirma que a maior parte dos pacientes desenvolve pneumonia ou infecções na corrente sanguínea.

O infectologista afirma que as comissões de controle de infecção dos hospitais precisam ficar atentas a medidas como isolamento de pacientes infectados e higiene hospitalar para evitar o aumento no número de casos.

Ele destaca, no entanto, que a KPC existe em todo o mundo e que não é uma preocupação exclusiva do Brasil. "A bactéria já está presente, e casos de infecção vão acontecer não só aqui como em outros países. O importante é tentar estabilizar."

MEDIDAS

A infectologista Graziella Hanna Pereira, do Complexo Hospitalar Edmundo Vasconcelos, afirma que o surto de 2010 fez com que os hospitais intensificassem suas medidas de proteção. Mesmo assim, diz, a bactéria está disseminada no Brasil. "Ela tem se instalado com velocidade rápida de alguns anos para cá, e isso é preocupante."

Segundo o infectologista Stefan Cunha Ujvari, do Hospital Oswaldo Cruz, o surgimento de superbactérias está ligado ao uso excessivo de antibióticos em hospitais.

Ele diz que a KPC não deve ser uma preocupação para pessoas saudáveis porque ela se aproveita da debilidade de pessoas que já estão doentes para agir e, por isso, só existe em hospitais. (LB)

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