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Meninos autistas podem ter excesso de neurônios cerebrais
Sobra de células no cérebro poderia atrapalhar desenvolvimento
DE SÃO PAULO
Dados preliminares sugerem uma causa insuspeita para o autismo: o excesso de células cerebrais, segundo pesquisadores da Universidade da Califórnia em San Diego.
A equipe liderada por Eric Courchesne chegou ao resultado ao estudar e comparar pequenos grupos de crianças entre dois e 16 anos de idade que morreram, em geral em acidentes, e cujo cérebro foi doado para pesquisa.
Courchesne e seus colegas estudaram o cérebro de sete meninos com autismo e de sete garotos sem o problema.
A diferença apareceu no córtex pré-frontal, uma das regiões do órgão. Em média, os meninos autistas tinham 70% mais neurônios nessa área do que os garotos sem essa disfunção. O estudo foi publicado na revista científica "Journal of the American Medical Association".
Há uma série de hipóteses que podem explicar a associação entre neurônios de sobra e autismo. Sabe-se, por exemplo, que o desenvolvimento normal do cérebro exige uma "poda" considerável de neurônios durante os primeiros meses de vida.
Se isso não estiver acontecendo com as crianças autistas, é possível que suas conexões cerebrais não se desenvolvam de forma natural.
Por outro lado, há a possibilidade de que a geração de neurônios seja exacerbada nos meninos com a doença.
Assim, mesmo com a "poda", eles terminariam com um sistema nervoso anormal.
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