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Radiofrequência trata varizes com menos dor
Disponível no Brasil, terapia é indicada a casos graves
GABRIELA CUPANI
DA REPORTAGEM LOCAL
Um novo procedimento, que
trata varizes por meio de radiofrequência, garante uma recuperação mais rápida, com menos dor e baixo risco de complicações. Apesar de pouco difundida, a técnica já vem sendo utilizada no Brasil e foi lançada
oficialmente durante o congresso internacional de cirurgia endovascular, que aconteceu em abril em São Paulo.
A radiofrequência beneficia
especialmente os pacientes
com varizes graves, em que a
doença forma feridas e pode levar a sequelas importantes, como alterações na pele, nas articulações e até trombose.
Entre as opções disponíveis
para esses pacientes, a cirurgia
e um tipo específico de escleroterapia trazem riscos de complicações. Já o tratamento com
laser, que utiliza calor, pode ser
muito dolorido no pós-operatório e não é muito empregado
nesses casos.
"A radiofrequência usa o
mesmo princípio do laser mas,
por não gerar calor, é menos
agressiva, não queima a pele e
tem pouco risco de complicação", explica o cirurgião endovascular Sidnei Galego, do Hospital Santa Catarina, em São
Paulo. "A recuperação é mais
rápida", diz Armando Lobato,
cirurgião endovascular do Hospital Santa Catarina, que presidiu o congresso sobre a área.
Nos pacientes em que o problema é mais estético, as melhores opções continuam sendo a cirurgia, que hoje é feita
com minúsculas incisões e que
quase não requer internação, e
a escleroterapia. O procedimento-que injeta um líquido
na veia doente capaz de destruir o vaso-é usado em microvarizes e na telangiectasias,
veias fininhas que parecem
uma aranha sob a pele.
Para os casos leves, segundo
os médicos, a relação custo-benefício da radiofrequência não
compensa, pois esse procedimento-que custa em média R$
2.000- não é coberto pelo SUS.
"A radiofrequência não deve
ser usada para tratamento estético", diz o cirurgião vascular
Paulo Kauffman, da USP.
Vários fatores podem levar à
formação de varizes, que afeta
entre 15% e 20% da população.
Componentes hereditários e os
hormônios femininos, entre
outros, facilitam o aparecimento de veias varicosas.
Já o excesso de peso e o sedentarismo dificultam o retorno venoso. As paredes do vaso
vão perdendo elasticidade e se
dilatam, o que deixa as veias
alargadas e tortuosas.
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