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PLANTÃO MÉDICO
Cuidado com o bicho-de-pé
JULIO ABRAMCZYK
COLUNISTA DA FOLHA
Durante as férias, relaxamos tanto que por vezes descuidamos da saúde. É o que
acontece quando andamos
descalços na areia da praia.
A revista "The New England Journal of Medicine"
publicou que o ambulatório
da Universidade Ludwig
Maximilian de Munique,
Alemanha, foi procurado por
um jovem duas semanas
após seu retorno das férias
no Brasil, onde andou descalço em seus passeios.
O turista apresentava uma
lesão no dedão do pé onde jazia em decomposição uma
pulga adulta de areia. Ressecado o que sobrava do inseto,
surgiram inúmeros ovos
após forte pressão na ferida.
Em seguida, foi aplicado um
curativo estéril após desinfecção do local. O médico
que atendeu o paciente diagnosticou o problema como
tungíase ou bicho-do-pé.
Nessa doença, uma fêmea
fertilizada da pulga da areia
penetra na pele do pé descalço. Após sua instalação sob a
pele, geralmente ao redor ou
abaixo das unhas, põe de 150
a 200 ovos e morre.
A única prevenção para este problema é evitar andar
sem sandálias em locais infestados pelo inseto, que vive
preferencialmente na areia
seca e quente.
Igualmente, convém ficar
alerta nas praias onde cães e
gatos circulam e disseminam larvas de seus parasitas
intestinais pelas fezes. Essas
larvas, alcançando a pele humana, ficam migrando na
epiderme e provocam intenso prurido.
julio@uol.com.br
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