São Paulo, terça-feira, 04 de janeiro de 2011

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Exame de sangue detecta avanço do câncer mais cedo

Teste com microchip vai medir eficácia de tratamento contra tumores de mama, intestino, próstata e pulmões

Objetivo futuro é que a tecnologia substitua biópsias e exames de imagem usados para diagnosticar a doença

GUILHERME GENESTRETI
DE SÃO PAULO

Um exame que captura, conta e analisa células cancerígenas no sangue vai ser testado no mercado neste ano. O anúncio foi feito ontem por médicos do Hospital Geral de Massachusetts, EUA, em parceria com a Johnson & Johnson.
Ao longo do ano, o exame será testado em quatro centros médicos dos EUA e, se aprovado, poderá ser liberado para uso clínico.
Com o teste, uma única célula tumoral circulando na corrente sanguínea pode ser detectada entre 1 bilhão de outras células saudáveis.
Com isso, pode-se determinar a eficácia do tratamento usado contra tumores de próstata, mama, intestino e pulmão cujas células estejam na corrente sanguínea.
Os pesquisadores esperam que, no futuro, o teste seja usado para diagnosticar tumores. A aplicação mais imediata será substituir os métodos tradicionais para checar o avanço da doença, como ressonância magnética, tomografia e ultrassom.
Os exames de imagem só detectam mudanças no câncer de dois a quatro meses depois de iniciado o tratamento. Com o teste de sangue, a checagem pode ser feita em questão de dias.
Segundo o oncologista Paulo Hoff, diretor clínico do Instituto do Câncer do Estado de São Paulo, já existem outros exames que fazem a contagem de células cancerígenas, mas eles não estão disponíveis no Brasil e não capturam as células.
"Esse exame tem uma sofisticação. Além de quantitativo, ele é qualitativo e permite analisar as células e escolher o tipo de tratamento que será eficaz", diz Hoff.
Carlos Gil Ferreira, coordenador de pesquisa clínica do Instituto Nacional de Câncer, afirma que o teste vai ser útil para os casos de câncer com risco de metástase.
"São tumores cujas células podem invadir os vasos e se espalhar pelo organismo. Isso acontece com intestino, próstata, pulmão e mama."
Os especialistas estimam que um exame como esse ainda demore cerca de dois anos para ser aprovado pelo FDA, órgão que regula medicamentos nos EUA , e chegar ao Brasil.

Com agências internacionais


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