São Paulo, quarta-feira, 05 de janeiro de 2011 |
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros
86% dos internautas no Brasil buscam informações de saúde Dado é de pesquisa que entrevistou 12 mil pessoas em 12 países MARIANA PASTORE COLABORAÇÃO PARA A FOLHA Mais de 80% dos brasileiros usam a internet para buscar informações sobre saúde, remédios e condições médicas. É o que revela uma pesquisa divulgada ontem, encomendada pela seguradora de saúde Bupa ao instituto Ipsos e à London School of Economics. O estudo ouviu 12.262 pessoas em 12 países: Austrália, China, França, Alemanha, Índia, Itália, México, Rússia, Espanha, Reino Unido, EUA, além do Brasil. Foram entrevistados 1.005 brasileiros em amostra representativa da população de até 50 anos. Na lista de lugares onde os internautas mais pesquisam sobre saúde, o Brasil ficou em quinto lugar. Os campeões de buscas sobre o assunto são os russos. Os franceses são os que menos se interessam pelo tema na rede. Entre os brasileiros, 68% fazem consultas sobre medicamentos, 45% sobre hospitais e 41% querem conhecer experiências de outros pacientes. Mas só um quarto das pessoas se certifica de que a fonte das informações é confiável. O clínico-geral Paulo Olzon, professor da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo), afirma que confiar em informações duvidosas pode levar a tratamentos de risco e que o amplo acesso à rede muitas vezes dificulta o trabalho dos médicos. "A internet é um espaço aberto para pacientes que procuram terapias escabrosas. É muito complicado atender aqueles que acreditam em tudo o que leem. Os pacientes precisam de uma certa crítica em relação às informações da rede." O médico explica ainda que é trabalhoso desmistificar algumas informações acessadas pelos pacientes e levadas às consultas. "Já pensei em criar um site com informações confiáveis para ser referência, mas é complicado. Ou você cai numa linguagem científica que o leigo pouco entende ou cai em informações que são mal entendidas. Não conheço site que seja confiável." Os resultados do estudo mostram que a maioria das pessoas gostaria de ter acesso a serviços na internet: 57% querem renovar suas prescrições de tratamentos pela rede, 55% gostariam de marcar consultas pela internet e 54% querem acessar resultados de exames on-line. Texto Anterior: Power Balance admite que pulseira não funciona Próximo Texto: Exames de imagem: Quase metade das crianças nos EUA já foram expostas a radiação Índice | Comunicar Erros |
Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress. |