São Paulo, sexta-feira, 05 de fevereiro de 2010

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ORTOMOLECULAR

CFM alerta para riscos de excesso de vitaminas e ácidos

DA REPORTAGEM LOCAL

Após 12 anos, o CFM (Conselho Federal de Medicina) reitera a proibição a vários procedimentos da prática ortomolecular, em revisão publicada hoje no "Diário Oficial da União".
A prática ortomolecular visa restaurar o organismo corrigindo possíveis desequilíbrios nutricionais, com o uso de suplementos de vitaminas, minerais, aminoácidos e ácidos graxos.
"A principal diferença deste texto para o anterior [publicado em 1998] é que hoje temos um nível de evidência científica muito maior, mostrando que a suplementação vitamínica sem necessidade pode aumentar riscos de morte", diz o geriatra Emílio Moriguchi, que integra a câmara técnica da revisão.
A resolução reafirma a proibição aos testes de cabelo quando não há suspeita de intoxicação por metais tóxicos e ao uso de EDTA (ácido etilenodiaminotetracético) para a remoção desses metais quando não há intoxicação aguda ou crônica. Continua vetado, também, o uso do EDTA e de procaína antienvelhecimento, anticâncer ou contra doenças crônicas degenerativas.
"Alguns conselheiros achavam que a prática não deveria mais existir. Mas mostramos mais de 6.000 estudos comprovando a sua eficácia", contrapõe José de Felippe Jr., presidente da Associação Brasileira de Medicina Complementar.
Para a reumatologista e fisiatra Sylvana Braga, que utiliza a prática ortomolecular há 15 anos, o tratamento deve ser baseado em mudanças na alimentação e no estilo de vida. "Não adianta estar contaminada e continuar fumando, ter excesso de alumínio e continuar usando um antiperspirante que contém o elemento e panela desse material". (JS)


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