São Paulo, domingo, 06 de novembro de 2011

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PLANTÃO MÉDICO

JULIO ABRAMCZYK - julio@uol.com.br

A parte visível de um iceberg

OS GRAVES acidentes com motoristas, nas últimas semanas, mostram apenas a parte visível de um iceberg que é o consumo excessivo de bebidas alcoólicas.
E é provável que essas ocorrências persistam.
Essa previsão, com base em trabalho realizado no Ministério da Saúde, está relacionada à tendência de aumento progressivo no consumo exagerado de bebidas entre adultos jovens.
Erly Catarina Moura (USP) e Deborah Carvalho Malta (Ministério da Saúde) relatam, na "Revista Brasileira de Epidemiologia" deste ano, as tendências e características de consumo de bebidas na população brasileira.
A pesquisa foi realizada pelo sistema Vigitel (inquérito telefônico) em 2006 para avaliar a tendência de consumo de 2006 a 2009 e alcançou 54.369 adultos residentes nas capitais dos Estados e em Brasília.
O consumo de bebidas alcançou 38,1% da população total, sendo 18,2% para doses abusivas (mais de cinco em pelo menos uma ocasião nos últimos 30 dias). Diminui coma idade, mas aumenta com a escolaridade.
A faixa etária de maior consumo está entre em pessoas de 18 a 44 anos, sem união estável e inseridos no mercado de trabalho. A tendência de abuso de bebidas alcoólicas é crescente nos dois sexos.
Esse problema é global. As autoras citam dados da Organização Mundial da Saúde sobre a proporção de consumidores abusivos de álcool no mundo, que vai de 1,4% na Índia a 31,8% na Colômbia.


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