|
Texto Anterior | Índice
CONGRESSO
Estudo aponta nova opção para tratamento de câncer de ovário
IARA BIDERMAN
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
DE CHICAGO
Um estudo mostrou que o
uso prolongado do Avastin
(bevacizumab) aumenta a vida da doente com câncer de
ovário, sem progressão.
A droga já é aprovada para
câncer de mama, colorretal,
renal e de pulmão. A Roche,
que o fabrica, quer aprová-lo
para tratar o de ovário.
O estudo envolveu 1.837
doentes já operadas. Nas que
usaram quimioterapia e
Avastin, e prolongaram o seu
uso por dez meses, a sobrevida sem progressão da doença
aumentou quatro meses.
"Há mais de dez anos não
foi descoberto nada que melhorasse o prognóstico de
câncer de ovário", diz o coordenador do estudo, Robert
Burguer, do Fox Chase Cancer Center, da Filadélfia. Para
ele, o medicamento pode se
tornar tratamento-padrão de
câncer de ovário.
Elizabeth Eisenhauer, diretora do Instituto Nacional
do Câncer do Canadá, disse
que o alto custo da droga pode não compensar o ganho.
Também há dúvidas sobre
efeitos colaterais. "Precisamos de mais tempo para saber quais são esses efeitos e o
impacto na sobrevida das pacientes", diz Paulo Hoff, diretor do Instituto do Câncer do
Estado de São Paulo.
IARA BIDERMAN viajou a Chicago a
convite da Roche
Texto Anterior: Um em cada 3 paulistanos vive com dor Índice
|