São Paulo, domingo, 10 de julho de 2011

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PLANTÃO MÉDICO

JULIO ABRAMCZYK - julio@uol.com.br

Controlando o E. coli patológico

Antes que passe o susto pelas mortes provocadas pela "Escherichia coli" patológica durante surto na Alemanha, surgem promissoras formas de enfrentar o problema.
De um lado, um novo agente antimicrobiano à base de um peptídio (uma pequena proteína) para ser aspergido em frutas e vegetais antes de serem consumidos. Ele intensifica a ação dos sucos gástricos contra as resistentes bactérias invasoras.
A professora Debora Foster, da Universidade Ryerson, em Toronto, Canadá, e colaboradores, relatam na revista "Microbiology" de junho a identificação de um peptídio que pode impedir a produção de toxinas pelo E. coli.
Essa proteína impede a reparação do DNA das bactérias patológicas resistentes quando sofrem a ação dos ácidos no estômago e impedem a sobrevivência ou a sua reprodução, se alcançarem o intestino grosso.
São as toxinas que produzem as graves hemorragias intestinais e que levam a insuficiência renal fatal.
Por outro lado, como as bactérias são resistentes aos antibióticos e as toxinas comprometem séria e rapidamente a função renal, pesquisadores e médicos optaram por novo tratamento nos pacientes infectados.
Em carta publicada no "The New England Journal of Medicine" de junho, uma equipe de médicos da Alemanha, França e Canadá, comunicam a rápida resposta, em três crianças doentes, ao tratamento com eculizumab, uma terapia com anticorpos monoclonais.
Levando em consideração a virulência das bactérias e a gravidade da infecção, esperam os pesquisadores confirmar esse tratamento promissor brevemente, apesar do alto custo do tratamento.


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