São Paulo, quarta-feira, 10 de agosto de 2011

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Número de cirurgias de obesidade quase dobra em um ano

Brasil só perde para os EUA na quantidade de operações; em 2010, foram 60 mil casos

DA EDITORA-ASSISTENTE DE SAÚDE

O número de obesos que se submetem a operações para emagrecer subiu de cerca de 35 mil em 2009 para 60 mil em 2010. Desde 2003, o crescimento foi de 270%, segundo dados da Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica e Metabólica.
Os números são colhidos entre os médicos associados à sociedade e as empresas que fornecem o material para as cirurgias. O país só perde para os Estados Unidos em número de cirurgias. Segundo a sociedade, lá são feitos 300 mil procedimentos do tipo por ano.
A operação pode ser indicada para pessoas com IMC (Índice de Massa Corporal) maior do que 40 ou para quem tem entre 30 e 35 e tem doenças associadas ao ganho de peso, como diabetes e apneia do sono.
O IMC é obtido dividindo o peso em quilos pela altura, em metros, ao quadrado.

ACESSO
Ricardo Cohen, presidente da Sociedade de Cirurgia Bariátrica, afirma que o crescimento é uma boa notícia, mas que muita gente ainda não tem acesso ao tratamento. "Só operamos 2% das pessoas que precisam", diz.
De acordo com os últimos dados do IBGE, divulgados no ano passado, 12,4% dos homens brasileiros são obesos. Entre as mulheres, a proporção é de 16,9%.
O endocrinologista Alfredo Halpern lembra que a cirurgia não deve ser vista como o primeiro tratamento. "Muita gente pode emagrecer com tratamento clínico, mas alguns acham que operar é mais fácil."
As possibilidades de tratamento clínico, no entanto, podem ficar limitadas se os remédios emagrecedores (como sibutramina e derivados de anfetamina) forem proibidos no Brasil.
A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) deve anunciar uma decisão sobre o veto aos emagrecedores ainda neste mês. Mas, segundo Cohen, uma possível proibição das drogas não deve aumentar o número de cirurgias. "Nos EUA não observamos isso."
(DM)


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