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PLANTÃO MÉDICO
O coração defumado
JULIO ABRAMCZYK
COLUNISTA DA FOLHA
Não é novidade que o fumo provoca nos fumantes
passivos efeitos cardiovasculares adversos imediatos,
que a longo prazo podem levar à doença das coronárias.
O Departamento de Saúde
dos EUA, há três anos, publicou relatório sobre as consequências da fumaça do cigarro para os não-fumantes.
Agora, o primeiro relatório semanal dos CDC (Centros de Controle e Prevenção
de Doenças) deste ano relata
uma considerável redução
de casos de infarto agudo nos
residentes de Pueblo, no Colorado (EUA), após entrar
em vigor uma lei que proíbe
fumar em locais como escritórios e restaurantes.
Nos primeiros 18 meses, a
taxa de hospitalização por
infarto caiu 27% e seguiu em
queda, alcançando 41% para
o período 2002-2006.
Alem de interferir na atividade cardíaca de forma aguda, os especialistas referem
que a exposição secundária
ao fumo prejudica a função
das plaquetas sanguíneas e
do sistema vascular. Mas,
igualmente, evidências sugerem que os efeitos agudos no
fumante passivo felizmente
são rapidamente reversíveis.
Finalmente, a lei que proíbe fumar em locais fechados
não só protege os não-fumantes mas faz com que o
tabagista fume menos.
julio@uol.com.br
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