São Paulo, domingo, 11 de janeiro de 2009

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PLANTÃO MÉDICO

O coração defumado

JULIO ABRAMCZYK
COLUNISTA DA FOLHA

Não é novidade que o fumo provoca nos fumantes passivos efeitos cardiovasculares adversos imediatos, que a longo prazo podem levar à doença das coronárias. O Departamento de Saúde dos EUA, há três anos, publicou relatório sobre as consequências da fumaça do cigarro para os não-fumantes.
Agora, o primeiro relatório semanal dos CDC (Centros de Controle e Prevenção de Doenças) deste ano relata uma considerável redução de casos de infarto agudo nos residentes de Pueblo, no Colorado (EUA), após entrar em vigor uma lei que proíbe fumar em locais como escritórios e restaurantes. Nos primeiros 18 meses, a taxa de hospitalização por infarto caiu 27% e seguiu em queda, alcançando 41% para o período 2002-2006.
Alem de interferir na atividade cardíaca de forma aguda, os especialistas referem que a exposição secundária ao fumo prejudica a função das plaquetas sanguíneas e do sistema vascular. Mas, igualmente, evidências sugerem que os efeitos agudos no fumante passivo felizmente são rapidamente reversíveis. Finalmente, a lei que proíbe fumar em locais fechados não só protege os não-fumantes mas faz com que o tabagista fume menos.

julio@uol.com.br


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