São Paulo, domingo, 11 de abril de 2010

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PLANTÃO MÉDICO

A saúde pública

JULIO ABRAMCZYK
COLUNISTA DA FOLHA

Dois estudos publicados no "Bulletin of the World Health Organization" deste mês mostram aspectos opostos da saúde pública brasileira.
O trabalho de Matheus Roriz Cruz e colaboradores das universidades federais do Rio Grande do Sul e da Bahia e da USP em Ribeirão Preto, refere, com dados da OMS, que ocorrem anualmente no mundo cerca de 22 mil mortes pela infecção do vírus da dengue, três vezes mais do que o vírus da influenza A (H1N1) provocou no ano passado.
Carlos Augusto Monteiro e colaboradores da Faculdade de Saúde Pública da USP e da Universidade Federal de Pelotas (RS) mostram que a redução da desigualdade socioeconômica no Brasil, em um período de 33 anos (1974-2007), fez diminuir de 37,1% para 7,1% a prevalência de retardo no crescimento de crianças menores de cinco anos. E esta redução foi mais pronunciada de 1996 a 2007.
Em compensação, o Brasil é responsável pelo maior número de casos de dengue reportados à OMS -3,5 milhões entre 2000 e 2005. Estes doentes representam 78% de todos os casos comunicados nas Américas, que foi de 4,5 milhões, e 61% dos casos do mundo (cerca de 5,7 milhões), explicam Roriz Cruz e colaboradores.


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