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PLANTÃO MÉDICO
A saúde pública
JULIO ABRAMCZYK
COLUNISTA DA FOLHA
Dois estudos publicados
no "Bulletin of the World
Health Organization" deste
mês mostram aspectos
opostos da saúde pública
brasileira.
O trabalho de Matheus
Roriz Cruz e colaboradores
das universidades federais
do Rio Grande do Sul e da
Bahia e da USP em Ribeirão
Preto, refere, com dados da
OMS, que ocorrem anualmente no mundo cerca de 22
mil mortes pela infecção do
vírus da dengue, três vezes
mais do que o vírus da influenza A (H1N1) provocou
no ano passado.
Carlos Augusto Monteiro
e colaboradores da Faculdade de Saúde Pública da USP e
da Universidade Federal de
Pelotas (RS) mostram que a
redução da desigualdade socioeconômica no Brasil, em
um período de 33 anos
(1974-2007), fez diminuir de
37,1% para 7,1% a prevalência de retardo no crescimento de crianças menores de
cinco anos. E esta redução
foi mais pronunciada de
1996 a 2007.
Em compensação, o Brasil
é responsável pelo maior número de casos de dengue reportados à OMS -3,5 milhões entre 2000 e 2005.
Estes doentes representam 78% de todos os casos
comunicados nas Américas,
que foi de 4,5 milhões, e 61%
dos casos do mundo (cerca
de 5,7 milhões), explicam
Roriz Cruz e colaboradores.
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