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Unifesp trata dependência com maconha
DE SÃO PAULO
Um programa de tratamento de dependentes da
Unifesp está usando, há
dois anos, maconha para
combater o vício em crack.
O princípio é substituir um
vício pelo outro.
A experiência, feita com
50 pacientes que não respondiam ao tratamento
medicamentoso, deu resultado-em seis meses,
68% tinham largado o
crack. Após um ano, todos
tinham largado a maconha espontaneamente.
O psiquiatra Dartiu Xavier da Silveira, diretor do
Proad (Programa de Orientação e Tratamento a Dependentes), diz que a tentativa é "um sucesso".
"A dependência de maconha é muito menos
agressiva do que a do
crack. Nesses casos, a maconha funcionou como
porta de saída do vício."
Outra alternativa de tratamento que está sendo
testada nos EUA é uma
"vacina" contra os efeitos
da cocaína no cérebro.
Segundo Silveira, o medicamento se junta com a
molécula de cocaína, tornando-a muito grande e
impendindo que ela chegue ao cérebro.
Apesar de ser chamada
de vacina, a medicação é
usada diariamente e tem
um porém: a cocaína fica
circulando em excesso no
organismo.
"Parece promissor, mas
é um risco a mais para o
sistema cardiovascular.
Fora isso, a pessoa tem
que estar muito motivada
para continuar o tratamento, já que a vacina não
reduz a fissura provocada
pela falta de cocaína",
pondera Silveira.
(FB)
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