São Paulo, quinta-feira, 12 de novembro de 2009

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Outro lado

Associação diz que não há relatos de casos no país

DA REPORTAGEM LOCAL

A Associação Brasileira de Profissionais do Bronzeamento critica a decisão da Anvisa de proibir a utilização das câmaras de bronzeamento artificial para fins estéticos no país. "Há formas de controlar o uso das câmaras de bronzeamento e de proporcionar a segurança adequada ao cliente. Essas normas já existiam no Brasil e essa decisão é um retrocesso", afirma Cleverson Riggo, diretor técnico da associação.
Riggo diz que a Anvisa não comprovou, com dados oficiais brasileiros, que realmente houve um aumento no número de casos de câncer relacionados ao uso das câmaras de bronzeamento, que existem no Brasil desde a década de 80.
"A Anvisa alega que as câmaras aumentam o risco de câncer de pele em 75%, mas não apresentou nenhum caso real de doente por causa da câmara. A associação acredita que esses dados não correspondem à realidade", afirmou.
Riggo diz ainda que, no período em que a consulta pública sobre a proibição do uso das câmaras ficou no ar, a associação informou à Anvisa que cerca de 80% das pessoas que usam esses equipamentos não são usuários permanentes -fazem de dez a 20 sessões por ano, geralmente pouco antes do verão.
"Isso já reduz drasticamente o risco de câncer, pois essas pessoas não se expõem com frequência", diz.
Para ele, se a agência quiser levar à risca a possibilidade de desenvolvimento de doenças, deveria proibir também a venda de cigarros e de álcool (por causa do risco de câncer de pulmão e de cirrose no fígado).
De acordo com Riggo, cada estabelecimento com câmaras de bronzeamento artificial atende aproximadamente 200 clientes por ano. (FB)


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