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Alimentação pode proteger contra Alzheimer, indica estudo
Nutrientes presentes em azeite, nozes, peixes e vegetais têm papel protetor
GABRIELA CUPANI
DA REPORTAGEM LOCAL
Uma alimentação rica em
azeite de oliva, nozes, peixes e
algumas frutas e vegetais pode
proteger contra o Alzheimer,
mostra uma pesquisa da Universidade Columbia, nos Estados Unidos, que acaba de ser
publicada no periódico científico "Archives of Neurology".
Para chegar ao resultado, os
cientistas colheram informações de 2.148 voluntários com
mais de 65 anos, avaliados durante quatro anos. A cada 18
meses, eles eram testados para
detectar o Alzheimer.
Os pesquisadores observaram que aqueles que consumiam maior quantidade de alimentos como tomates, vegetais
de folhas verde-escuras e crucíferos (como o brócolis) tiveram
um risco 40% menor de desenvolver a doença. Sabe-se que
esses alimentos são ricos em
ácidos graxos ômega 3 e 6 e vitaminas E e B12, nutrientes relacionados a efeitos benéficos
no cérebro. A dieta dessas pessoas também era pobre em carnes vermelhas e laticínios como a manteiga, ricos em gorduras saturadas.
Prevenção
Segundo os autores, a alimentação pode ser um meio
eficaz de modificar o risco da
doença. A prevenção nesse caso
é essencial, já que o Alzheimer
ainda não tem cura. Os tratamentos atuais apenas conseguem amenizar os sintomas.
"Os benefícios da alimentação estão mais relacionados ao
papel dos antioxidantes que
evitam a deposição de radicais
livres nos neurônios", explica o
neurologista Paulo Bertolucci,
da Universidade Federal de São
Paulo. Isso provoca a morte
dessas células, levando a doenças como o Alzheimer. "No entanto, o estresse também tem
um papel no desenvolvimento
dessas doenças", lembra o neurologista.
O artigo sugere ainda um outro mecanismo para explicar o
efeito benéfico dos alimentos: o
consumo de nutrientes capazes
de proteger contra doenças
cardiovasculares pode evitar
derrames que tornam a pessoa
mais suscetível a desenvolver
demências.
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