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PLANTÃO MÉDICO
A visão na radiologia
JULIO ABRAMCZYK
COLUNISTA DA FOLHA
Parece redundante, mas o
médico radiologista precisa
enxergar bem. É o que afirmam especialistas da área.
O diagnóstico radiológico
depende não só da tecnologia avançada da aparelhagem de raios-X e dos tomógrafos computadorizados e
ressonâncias magnéticas de
última geração, mas também
da observação e do olhar do
médico radiologista.
Este olhar pode sofrer
uma variação na acuidade visual no transcorrer do dia ou
pode sofrer dificuldades por
falta de óculos.
Este problema foi detectado no Departamento de
Diagnósticos Radiológicos
da Faculdade de Medicina
de Maryland, nos EUA, pelo
médico Nabile M. Safdar. Ele
relata no "American Journal
of Roentgenology" o resultado de testes oftalmológicos
realizados em 48 médicos.
Encontraram pequena variação para menos na acuidade visual, com o passar das
horas, mas destacam que
não teve influência no desempenho. Verificaram,
também, que alguns necessitavam de óculos com novas
lentes corretivas e que vários
médicos, há muitos anos,
não faziam o necessário exame ocular de rotina.
No Royal London Hospital, em Londres, Inglaterra,
G. Quaghebem examinou,
em 1997, 25 médicos radiologistas e encontrou problemas que poderiam ser melhorados com lentes corretivas em cinco (20%).
Entretanto, foi no Departamento de Diagnóstico Radiológico da Universidade de
Pittsburg, EUA, que, em
1991, o médico William H.
Straub sugeriu exame ocular
periódico e obrigatório para
radiologistas. Em seu departamento, 18% dos radiologistas apresentavam baixa acuidade visual e se beneficiariam de lentes corretivas ou
de novos óculos.
julio@uol.com.br
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