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CÂNCER DE ESTÔMAGO
Hospital investiga familiares para detectar a doença cedo
DA REPORTAGEM LOCAL
O Hospital A. C. Camargo
criou um ambulatório para
investigar o desenvolvimento do câncer de estômago em
membros de famílias com alto risco para a doença.
São acompanhadas pessoas que tenham dois ou
mais familiares de primeiro
ou segundo graus com a
doença ou apenas um com
menos de 50 anos. Cem pacientes já são atendidos.
Segundo o cirurgião oncológico e diretor do Departamento de Cirurgia Abdominal do hospital, Felipe José
Fernández Coimbra, 10% de
todos os tumores do estômago, o quinto tipo de câncer
mais prevalente no Brasil,
são hereditários.
"Um dos nossos enfoques
é tentar caracterizar novas
síndromes, além de fazer o
diagnóstico precoce para aumentar as chances de cura."
A triagem é feita por meio
do histórico detalhado da família, e os pacientes que têm
risco comprovado fazem
exames como a endoscopia
digestiva alta e são acompanhados pela equipe de oncologia genética do hospital.
Pessoas com a síndrome
do câncer gástrico difuso hereditário, por exemplo, têm
de 70% a 100% de chance de
desenvolver câncer de estômago, afirma Coimbra. "A família tem que entender o risco que está correndo e aderir
ao acompanhamento."
O A. C. Camargo também
tem ambulatórios semelhantes para melanoma e câncer
de intestino.
Segundo José Eduardo
Castro, coordenador geral de
gestão assistencial do Inca
(Instituto Nacional de Câncer), a iniciativa deve ser estendida para outros tipos de
câncer, como o de mama, o
renal e o de cólon.
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