São Paulo, terça-feira, 14 de julho de 2009

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CÂNCER DE ESTÔMAGO

Hospital investiga familiares para detectar a doença cedo

DA REPORTAGEM LOCAL

O Hospital A. C. Camargo criou um ambulatório para investigar o desenvolvimento do câncer de estômago em membros de famílias com alto risco para a doença.
São acompanhadas pessoas que tenham dois ou mais familiares de primeiro ou segundo graus com a doença ou apenas um com menos de 50 anos. Cem pacientes já são atendidos.
Segundo o cirurgião oncológico e diretor do Departamento de Cirurgia Abdominal do hospital, Felipe José Fernández Coimbra, 10% de todos os tumores do estômago, o quinto tipo de câncer mais prevalente no Brasil, são hereditários.
"Um dos nossos enfoques é tentar caracterizar novas síndromes, além de fazer o diagnóstico precoce para aumentar as chances de cura."
A triagem é feita por meio do histórico detalhado da família, e os pacientes que têm risco comprovado fazem exames como a endoscopia digestiva alta e são acompanhados pela equipe de oncologia genética do hospital.
Pessoas com a síndrome do câncer gástrico difuso hereditário, por exemplo, têm de 70% a 100% de chance de desenvolver câncer de estômago, afirma Coimbra. "A família tem que entender o risco que está correndo e aderir ao acompanhamento."
O A. C. Camargo também tem ambulatórios semelhantes para melanoma e câncer de intestino.
Segundo José Eduardo Castro, coordenador geral de gestão assistencial do Inca (Instituto Nacional de Câncer), a iniciativa deve ser estendida para outros tipos de câncer, como o de mama, o renal e o de cólon.


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