São Paulo, terça-feira, 14 de outubro de 2008

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Estudo avalia estratégias de tratamentos

DA REPORTAGEM LOCAL

Uma nova pesquisa patrocinada pelo NIH (instituto nacional de saúde dos EUA) vai avaliar quais tratamentos são realmente efetivos e seguros para combater as ondas de calor e os suores noturnos, sintomas mais comuns na menopausa.
A iniciativa reúne pesquisadores de importantes centros médicos, como as faculdades de medicina de Harvard, Indiana, Pensilvânia e Washington. A pesquisa vai durar cinco anos e custará US$ 4,4 milhões/ano.
Entre as estratégias de tratamento que serão avaliadas estão o uso de antidepressivos, como as paroxetinas, baixas doses de estradiol, técnicas de respiração e programas de exercícios físicos.
Segundo o médico Richard Hodes, diretor do NIA (instituto americano de envelhecimento), após estudos como o WHI, que levantou os riscos da terapia hormonal, surgiu a necessidade urgente da indicação de tratamentos que sejam seguros e efetivos no combate dos sintomas.
"Agora, esse trabalho multicêntrico e multidisciplinar vai permitir que os pesquisadores testem outras opções, como as terapias alternativas, para provar se também são eficazes contra as ondas de calor", diz Sherry Sherman, uma das responsáveis pelo projeto no NIA. Segundo ela, a terapia de reposição hormonal convencional é ainda considerada a mais efetiva forma de controlar os sintomas da menopausa.

Riscos
Na avaliação do ginecologista César Eduardo Fernandes, terapias alternativas, como as que propõem o uso da soja, trazem um elemento de sedução muito grande às pacientes. "A soja carrega a fama de ser natural, mas tem efeito farmacológico. Tanto que, se a paciente tiver risco de câncer de mama ou se já houver tido tumor, não pode fazer uso de terapêutica com hormônio, inclusive a soja. O mesmo acontece se ela tiver alto risco de trombose."
Fernandes explica que existem benefícios "cristalizados" da terapêutica hormonal, quando iniciada no momento oportuno, como a redução de fraturas provocadas por perda de massa óssea. "A soja parece melhorar a densidade do osso, mas não há estudos mostrando que ela previne fraturas." (CC)



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