São Paulo, sábado, 14 de novembro de 2009

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Hospital de Blumenau ficou ilhado

ESTELITA HASS CARAZZAI
DA AGÊNCIA FOLHA

Era só de helicóptero, barco ou tanque do Exército que as vítimas das chuvas em Blumenau e região chegavam ao Hospital Santa Isabel, referência em cardiologia.
"Consegui atender pouca gente. O que vi de infarto foi pela televisão", lembra o cardiologista Michelangelo Ferreira, que foi plantonista do final de semana mais crítico.
O hospital ficou ilhado por três dias por causa das enchentes. Também ilhada estava boa parte das vítimas. "Atendi muita crise de pânico, crise hipertensiva, taquicardia. As pessoas estavam muito nervosas", diz Ferreira.
O impacto da tragédia, para o gerente de saúde mental da Prefeitura de Blumenau, Fernando Moraes, não deixou nenhum morador imune a abalos psicológicos.
A fim de evitar que o choque emocional provocasse reações em pacientes crônicos, o município deslocou naquela semana toda a sua equipe de psicólogos para os pontos mais próximos às vítimas.
O trabalho de prevenção de novos danos à saúde mental da população dura até hoje: as 1.150 pessoas que ainda vivem em moradias provisórias em Blumenau estão sob orientação psicológica diária, para diminuir o estresse.


Texto Anterior: Enchente de SC fez crescer morte cardíaca
Próximo Texto: 70% das gestantes têm doenças bucais, diz levantamento
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.