São Paulo, domingo, 15 de fevereiro de 2009

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PLANTÃO MÉDICO

Prevenindo a sífilis no bebê

JULIO ABRAMCZYK
COLUNISTA DA FOLHA

Em tempos de franca disseminação das DSTs (doenças sexualmente transmissíveis), é oportuna a iniciativa do Programa Estadual DST/Aids - São Paulo de destacar a prevenção da transmissão materno-infantil da sífilis. Segundo o Boletim Epidemiológico AIDST, de 1998 a 2008 foram notificados 9.151 casos de sífilis congênita, dos quais 52% na cidade de São Paulo. Em 11%, as mães eram adolescentes.
Se todos os casos de sífilis na gestação e congênita tivessem sido notificados, esse número seria muito maior.
Em comunicado aos médicos, o Programa DST/Aids (tel. 0800-162550; e-mail sifilis@crt.saude.sp.gov.br) aborda as medidas de controle e orienta o tratamento com penicilina no pré-natal e no parto, além de lembrar a necessidade de tratar o parceiro sexual da gestante.
A penicilina ainda é o antibiótico mais eficaz contra o Treponema pallidum, mas deve ser aplicada com cuidado. Não deve ser usada para tratar simples resfriados, como ocorreu na década de 1950, quando seu uso foi tão comum que praticamente deixaram de existir doentes de sífilis, curados sem saber que tinham a doença.

julio@uol.com.br


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