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PLANTÃO MÉDICO
JULIO ABRAMCZYK - julio@uol.com.br
Homenagem a uma psicanalista
A SBPSP (Sociedade Brasileira de Psicanálise de São Paulo) prestou recentemente homenagem à psicanalista Virgínia Leone Bicudo pelo centenário de seu nascimento. A
ela, o Brasil deve a formação
de gerações de profissionais.
Bicudo dirigiu o Instituto
de Psicanálise da SBPSP, responsável pelo curso teórico e
formação do futuro analista.
Igualmente contribuiu, por
longos anos, com artigos sobre a psicanálise, na então
Folha da Manhã, mais tarde
Folha de S. Paulo.
Em seu último artigo, de 29
de novembro de 1970, abordava a formação do analista.
No texto, destacava que a
profissão exige conhecimento
profundo de si mesmo, contato com o inconsciente sem ser
dominado por angústia intolerável, capacidade de identificação com o paciente e, ao
mesmo tempo, objetividade.
Explicava também que a
análise didática (do candidato a analista) é imprescindível para a formação.
A SBPSP e as demais sociedades filiadas à IPA (International Psychoanalytical Association), fundada por
Freud, exigem que o futuro
analista seja analisado antes
de tratar seus pacientes.
Na homenagem, discorreram sobre a contribuição de
Virgínia Bicudo para a sociedade e a cultura de São Paulo
e para análise da questão racial os sociólogos Maria Arminda do Nascimento Arruda e Marcos Chor Maio.
Sobre a contribuição para
o desenvolvimento da psicanálise no país, falaram os psicanalistas Romualdo Mendes de Oliveira Castro, de
Brasília, e Antonio Luiz Serpa
Pessanha, de São Paulo.
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