São Paulo, sábado, 16 de julho de 2011

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Ribeirão Preto abre o primeiro banco de tecido do interior de SP

Inicialmente, centro vai atender pacientes com câncer que sofreram perdas ósseas elida oliveira

DE RIBEIRÃO PRETO

O HC (Hospital das Clínicas) de Ribeirão Preto inaugurou ontem o primeiro banco de tecidos humanos do interior do Estado de São Paulo -o sétimo do Brasil.
O banco é voltado à captação, processamento, armazenamento e distribuição de ossos, peles, válvulas cardíacas, tendões e ligamentos.
Inicialmente, receberá ossos para atender aos pacientes com câncer, que sofrem perda óssea devido à doença, e àqueles que precisam trocar próteses, como idosos e acidentados, diz o coordenador do banco, Luis Gustavo Gazoni Martins.
De acordo com a Secretaria de Estado da Saúde, o projeto custou cerca de R$ 713 mil. A estrutura contém câmaras refrigeradas para receber os órgãos, a temperaturas de armazenamento que variam de -35ºC a -80ºC.
De acordo com Martins, há uma grande demanda para o banco, já que o país possui um deficit na área.
"A tendência é aumentar ainda mais porque a população está envelhecendo. Cada vez mais há a necessidade de se trocar próteses", disse.
Isso porque o uso desgasta os ossos. Com o material do banco, essa parte do corpo do paciente recebe enxerto ósseo para que uma nova prótese seja colocada. Já há fila para o procedimento.

QUEIMADURAS
Com a expansão do banco para armazenar pele, vítimas de queimaduras poderão receber enxertos e ter uma recuperação melhor, afirmam os especialistas.
Segundo Martins, a pele enxertada ajuda a evitar a perda de fluidos e diminui riscos de infecção.
O secretário de Estado da Saúde Giovanni Guido Cerri afirma que o banco atende à política da regionalização do atendimento médico, cujo objetivo é evitar deslocamentos desnecessários e dar tratamento adequado à população da região.
Segundo Martins, a região de Ribeirão Preto possui taxa média de 21 doadores viáveis por milhão de habitantes -São Paulo tem 17 doadores por milhão, e o país, nove.
Com isso, a captação de tecidos tende a ser mais viável, já que a população está sensibilizada para a doação.


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