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PESQUISA
Cloro usado em piscinas pode favorecer alergia respiratória
DA REPORTAGEM LOCAL
O cloro das piscinas pode
favorecer o surgimento de
asma e alergias em adolescentes que já tenham alguma
predisposição, mostra um
estudo belga publicado na
edição de outubro da revista
científica "Pediatrics".
O levantamento, feito na
Universidade Católica de
Louvain, acompanhou 733
adolescentes entre 13 e 18
anos que nadavam em piscinas com cloro, tanto cobertas quanto ao ar livre. Os dados foram comparados com
os de 114 voluntários que
usavam piscinas higienizadas pelo método de ionização por cobre-prata.
O risco de desenvolver asma e rinite foi maior naqueles que tinham sensibilidade
alérgica, avaliada por dosagem de determinadas substâncias no sangue. "O cloro
não é um alérgeno, mas sabe-se que ele é irritante. Em pessoas com asma, a irritação
pode desencadear crises",
diz a alergista Ana Paula Castro, do HC de São Paulo.
A proporção de asma cresceu com a exposição: 6,4%
dos que tinham nadado entre 500 e mil horas tiveram o
problema. Entre os que nadaram mais de mil horas, o
índice foi de 11,9%.
Entre os adolescentes com
predisposição, o risco de rinite aumentou entre 2,2 e 3,5
vezes naqueles que tinham
nadado mais de mil horas em
piscinas com cloro.
Segundo o estudo, a irritação das vias aéreas causada
pelo cloro da água e do ar das
piscinas tem um efeito no
desenvolvimento da asma e
de alergias respiratórias. Esse impacto aparenta ser até
mais importante do que o
causado pela exposição ao
fumo em segunda mão.
A pesquisa também mostrou que entre os adolescentes que não tinham predisposição não houve aumento
do risco de alergias.
"A natação é um excelente
esporte para quem tem asma, mas recomendamos que
seja praticada em piscinas
abertas e, de preferência, que
usem outro método de tratamento da água", afirma Castro.
(GC)
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