São Paulo, quinta-feira, 16 de outubro de 2008

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

7 dúvidas sobre colesterol em crianças

1. Quando a criança deve fazer exame de colesterol?
Em geral, deve começar aos 10 anos. Crianças acima de dois anos com antecedentes familiares (avós, pais ou tios com histórico de infarto, derrame ou outros eventos cardiovasculares) devem passar pelo exame anualmente. Aqueles com risco próprio, como obesidade, problemas renais, doenças reumáticas e tabagismo (no caso de adolescentes), entre outros que podem alterar os níveis de gordura no sangue, também devem ter o colesterol monitorado.

2. As conseqüências do colesterol alto em crianças são imediatas?
Não, pois o depósito de gordura nos vasos sangüíneos é cumulativo. Por isso, quanto antes o problema for diagnosticado e tratado, melhor. Como também depende do tempo que o problema persistiu, uma criança de nove anos, por exemplo, terá menos seqüelas do que uma de 16 anos.

3. A criança deve saber de seu problema?
É importante explicar a ela o que acontece em seu organismo de forma acessível, para que ela se sinta envolvida no tratamento e aceite melhor as mudanças alimentares.

4. Só as gorduras são vilãs?
Não. Os níveis de triglicérides aumentam com a ingestão de carboidratos em excesso. Por isso, alimentos ricos em açúcar e carboidratos simples devem ser controlados.

5. Devo cortar as gorduras da dieta da criança?
Não. As gorduras devem compor entre 25% e 30% do total de calorias ingeridas, pois são responsáveis, entre outros, pela produção de hormônios e síntese da vitamina D.

6. Existe algum alimento proibido?
Não, para que a criança não crie uma "neurose" com relação à própria alimentação. É mais válido fazer trocas, preparar as refeições em casa (para controlar os níveis de gorduras, açúcar e sódio) e reduzir o consumo de alguns alimentos.

7. Há chances de a criança precisar de medicação para controlar o colesterol?
Independente da causa, a prioridade é mudar o estilo de vida, com dieta alimentar e exercícios físicos até os 10 anos de idade. Se o LDL persistir alto mesmo com as mudanças, o médico pode receitar remédio para controle.


FONTE: CLÁUDIA COZER, diretora da Abeso; ROSELI SARNI, pediatra e presidente do departamento de nutrologia da Sociedade Brasileira de Pediatria


Texto Anterior: Frase
Próximo Texto: Neurologia: Vitamina B não ajuda pacientes com Alzheimer
Índice


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.