São Paulo, sexta-feira, 17 de junho de 2011

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Estudo questiona elo entre celular e tumor

DA REUTERS

Tumores no cérebro de usuários de celular não são concentrados na região atingida pela radiação emitida pela maioria dos aparelhos, segundo um novo estudo.
Segundo a pesquisa, pessoas que usavam o celular por mais tempo não tiveram maior risco de ter um tumor a 5 cm do telefone, para onde 90% da radiação é emitida, afirma o médico Suvi Larjavaara, da Universidade de Tampere, na Finlândia.
O autor destaca que o estudo não é conclusivo. O câncer pode demorar muito tempo para se desenvolver, e só 5% das pessoas incluídas no estudo usavam celular por mais de dez anos.
A pesquisa foi publicada na revista médica "American Journal of Epidemiology".
Larjavaara reconhece que seu estudo contradiz o último anúncio da OMS (Organização Mundial da Saúde), que incluiu o celular entre agentes possivelmente cancerígenos, gerando reações conflitantes de especialistas.

QUANTO TEMPO?
Um dos grandes problemas ao se estudar riscos do uso do celular é que as pessoas não lembram por quanto tempo costumam usar o telefone.
Para ter uma abordagem mais científica, a pesquisa finlandesa procurou mapear a localização do tumor. A ideia é que, se o câncer fosse perto de onde a pessoa usa o telefone, ele seria o culpado.
Os pesquisadores mapearam a localização de 888 tumores cerebrais entre 2000 e 2004, mas não encontraram uma associação entre a doença e o uso do celular.
Outro estudo espanhol calculou a energia a que a região do tumor estaria exposta por causa do telefone.
A análise, do Centro de Pesquisa de epidemiologia Ambiental de Barcelona, não encontrou mais tumores em locais mais atingidos pela energia do celular.
As duas pesquisas foram incluídas na análise feita pela OMS sobre o risco de câncer por uso de celular. Os resultados completos dos estudos sobre o tema serão publicados no dia 1º de julho.


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