São Paulo, sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

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EUA ampliam o acesso à cirurgia para emagrecer

FDA aprova a redução do peso mínimo para candidatos à banda gástrica

Mas mudança só vale no caso de pacientes com doenças associadas à obesidade, como diabetes e hipertensão

DO "NEW YORK TIMES"

Americanos no limite inferior da obesidade vão poder fazer cirurgia para emagrecer. A FDA (agência dos EUA que regula remédios e alimentos) aprovou na quarta-feira a ampliação do acesso à operação de banda gástrica.
Nessa operação, é usada uma prótese de silicone que "estrangula" o estômago. Esse anel limita a quantidade de comida que a pessoa consegue ingerir e aumenta a sensação de saciedade.
A prótese é fabricada pela Allergan (laboratório que também faz o Botox).
No estudo apresentado pela Allergan à FDA, os pacientes perderam, em média, 18% do peso corporal um ano após a cirurgia.
A empresa estima que mais de 26 milhões de americanos vão passar a ser candidatos à cirurgia. De acordo com as regras antigas, só 18 milhões poderiam ser submetidos ao procedimento.
Até agora, a banda gástrica era indicada para pessoas com IMC (Índice de Massa Corporal) acima de 40, se não tivessem complicações relacionadas à obesidade, ou de ao menos 35, caso tivessem doenças associadas.
A Allergan pediu a redução desse limite para IMC de 35, no caso de pessoas saudáveis, e de 30, no caso dos que têm problemas de saúde.
A FDA concordou em baixar a exigência para um IMC de 30, no caso de pacientes doentes. Mas manteve o limite mínimo de 40 para obesos saudáveis. (Considera-se que uma pessoa é obesa se ela tem IMC a partir de 30).
"Para que a terapia seja indicada a pacientes que possam se beneficiar mais dela, a recomendação é limitada a pessoas com maior risco de complicações ligadas à obesidade", afirmou Karen Riley, porta-voz da agência.

DIABETES
Nas regras antigas, uma pessoa com 1,60 m que sofre de diabetes teria que pesar 89,6 kg para ser operada. Agora, a mesma pessoa pode ser operada pesando 76,8 kg.
Um comitê consultivo já tinha recomendado a mudança, concluindo que os benefícios da cirurgia compensam os riscos para pessoas na faixa mais baixa de obesidade.
Especialistas dizem que o maior acesso à cirurgia, somado às restrições às drogas antiobesidade, vão levar mais obesos moderados a procurar a operação.


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