São Paulo, domingo, 18 de abril de 2010

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"House" do HC comenta episódios das séries

DA REPORTAGEM LOCAL

O cirurgião Fernando Buischi, supervisor do pronto-socorro cirúrgico do Hospital das Clínicas de São Paulo, é conhecido como o "House" de lá.
"É brincadeira de amigos. Tenho a fama de decidir rápido e sou perseverante na busca por resultados. Também tenho um jeito nada engomadinho, como o médico do programa."
A pedido da Folha, ele analisou episódios das duas séries.

 


"É claro que os programas têm falhas. Quem é médico faz uma crítica imediata. Mas, para quem não tem ideia do que é respirador ou um certo exame, dá uma ideia boa da medicina.
Acho o "Grey's Anatomy" mais real. Eles trabalham em equipe. O dr. House pensa em alguma coisa -qualquer coisa- e vai atrás sozinho. Ele é muito centralizador.
No "House", o maior absurdo que vi foi o médico enfiar uma agulha na perna da mulher sem assepsia, sem anestesia. Em "Grey's", uma personagem tinha câncer. O médico disse que talvez a cirurgia não eliminasse o tumor, mas não falou dos outros riscos. Ela entra em coma. A discussão sobre desligar o aparelho é rude.
Em outros momentos, há muito envolvimento emocional. A relação médico-paciente não é como aparece lá, em que a pessoa conta a história da família. O tempo que passamos com o doente é bem menor. Não dá para a vida emocional interferir tanto na profissão.
Todo mundo acha que médico é diferente. Mas ele tem sentimentos, fica triste. Todos se comovem com uma criança queimada que chega na emergência. Mas imagine uma equipe emocionada, precisando resolver rápido a situação.
(JS)


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