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Alimentos práticos são mais valorizados que os saudáveis
Pesquisa revela que brasileiro prioriza conveniência na hora de comprar comida
DÉBORA MISMETTI
EDITORA-ASSISTENTE DE SAÚDE
Pesquisa do Ibope divulgada
ontem mostra que, para 34%
dos brasileiros, a questão prática vem antes de qualquer outra
na hora de escolher alimentos
no supermercado.
Depois dessa fatia que prioriza a conveniência e vê nos congelados e semiprontos seus
aliados, os grupos mais significativos são os dos consumidores que colocam o prazer de comer acima de tudo e o dos que
compram comida com base nas
marcas de confiança - ambos
com 23% das preferências.
Os alimentos saudáveis e
sustentáveis ficaram em quarto
lugar, sendo preferidos por
apenas 21% dos pesquisados.
A sondagem, encomendada
pela Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo), buscou mapear as principais tendências no consumo de
alimentos industrializados no
país. Foram entrevistadas 1.512
pessoas em nove capitais.
Os consumidores que priorizam alimentos saudáveis dizem procurar selos de qualidade, informações sobre a origem
do produto e fabricantes que
protegem o ambiente.
Segundo Antonio Carlos
Costa, gerente do departamento de agronegócio da Fiesp, o
mesmo consumidor que procura comida saudável se preocupa
com sustentabilidade. "É uma
pessoa com visão mais ampla.
Pratica esporte, é mais preocupada com projetos sociais."
Funcionais
Entre os participantes da
pesquisa, 33% acreditam totalmente que alimentos funcionais trazem benefícios à saúde,
e 51% acreditam parcialmente.
Consumidores das classes D e
E são mais céticos: 22% não
creem nos benefícios, enquanto só 14% da população em geral não acredita nos funcionais.
A pesquisa perguntou também se as pessoas acham que
no futuro os alimentos podem
substituir os remédios. A maioria acredita que sim: 28% totalmente e 44%, parcialmente.
O rótulo dos alimentos é lido
por 69% dos consumidores, ao
menos de vez em quando, enquanto 30% nunca leem. Entre
os que procuram as informações, 52% querem saber quantas calorias há na comida. O
percentual é maior entre mulheres e pessoas mais escolarizadas e ricas.
A gordura é foco de atenção
de 39%. A preocupação se explica: 40% acreditam estar acima do peso, e 59% dos pesquisados pretendem fazer uma
dieta ou reeducação alimentar
para perder os quilos a mais.
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