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Creme de botox é testado em tratamento de suor excessivo
Produto é alternativa para quem não suporta a dor da injeção
FERNANDA BASSETTE
DE SÃO PAULO
A toxina botulínica, conhecida como botox, está
sendo testada em uma versão em creme. A substância,
na forma injetável, é usada
em tratamentos dermatológicos há mais de 20 anos.
Indicado para pessoas
com sensibilidade à dor causada pela aplicação com agulhas, o creme foi testado em
pacientes com hiperidrose
-suor excessivo nas axilas,
nas mãos e nos pés.
Os dados preliminares de
um estudo feito no México
com dez pacientes foram
apresentados na reunião
anual da Academia Americana de Dermatologia, realizada nos Estados Unidos.
A nova técnica é simples: o
paciente recebe uma aplicação local do creme e um aparelho ajuda a penetração das
substâncias na pele.
O botox em creme, no entanto, não é tão eficiente
quando comparado ao injetável: a técnica convencional
reduz em 100% a sudorese,
enquanto o creme mostrou
70% de eficácia.
Além disso, segundo o estudo, a toxina injetada tem
uma durabilidade quase 16%
maior do que a em creme
-que precisa ser reaplicada
cerca de sete meses depois.
"Apesar de um pouco inferior, a eficácia da aplicação
do creme é boa porque não é
invasiva e é mais bem tolerada por não causar dor", diz a
dermatologista Lilian Mayumi Odo, da Sociedade Brasileira de Dermatologia, regional São Paulo.
Segundo Odo, muitas pessoas sentem dores fortes na
região da aplicação. "Nas
mãos, por exemplo, há muitas terminações nervosas. A
injeção é bastante dolorida."
Mesmo com os benefícios
aparentes, o botox em creme
ainda não está aprovado pela
Anvisa (Agência Nacional de
Vigilância Sanitária) e não
tem data para chegar no Brasil. "Outros estudos ainda
precisam comprovar esses
resultados", diz Odo.
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