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"No terceiro mês de terapia, fui ao paraíso"
DA REPORTAGEM LOCAL
Durante nove anos, a rotina
do empresário aposentado Rubens Turquete, 73, foi marcada
pelas dores. Todos os dias, ele
interrompia o trabalho no meio
da tarde e voltava para casa. Só
conseguia dormir por volta da
meia-noite, vencido pelo cansaço. "Deitava tarde para poder
ter sono, porque os remédios
não aliviavam a dor", conta.
Às vezes, acordava bem. Em
outros dias, já amanhecia sofrendo. As dores só pioravam
com o passar das horas. "Era
um inferno", define ele. "Você
não tem vontade de fazer absolutamente nada."
UTI uma vez ao mês
Apesar de já ter passado por
duas cirurgias para colocação
de pontes de safena e de mamária, além de um stent, sua angina resistia a todos os tratamentos. "Eu ia parar na UTI uma
vez por mês, porque minha família ficava muito assustada",
lembra-se.
Turquete tem as coronárias
muito finas e não podia ser submetido a nenhum outro procedimento. Quando ouviu falar
do novo estudo, insistiu para
que seu médico, Enio Buffolo,
coordenador da pesquisa na
Universidade Federal de São
Paulo, o incluísse nos testes.
Em 2006, passou pelo transplante de células-tronco. "Nos
dois primeiros meses, não senti
diferença. Mas no terceiro, fui
ao paraíso", compara. Ele ainda
é acompanhado rotineiramente mas, agora, está levando uma
vida normal.
(GC)
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