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PLANTÃO MÉDICO
Uma causa a esclarecer
JULIO ABRAMCZYK
COLUNISTA DA FOLHA
Uma pessoa do sexo masculino de meia-idade, entre
os 45 e os 55 anos, portadora
de disfunção erétil (dificuldade em manter a ereção para a atividade sexual), teoricamente não precisa se preocupar com o problema. Existem atualmente remédios
que podem ajudar a contornar essa dificuldade.
A verdadeira causa, entretanto, precisa ser esclarecida, de acordo com o médico
Joel J. Heidelbaugh, da Universidade de Michigan, nos
Estados Unidos.
Na revista "American Family Physician" deste mês,
ele explica que os primeiros
sinais de disfunção sinalizam que uma possível obstrução nas coronárias ou em
outras artérias já estaria
ocorrendo três anos antes de
surgirem os primeiros sintomas de dor no coração ou nas
áreas onde circula o sangue
periférico.
Por isso, o médico recomenda que seja feito um
check-up cardiovascular
nesses casos, lembrando
também que há a possibilidade de interferência de outras condições de saúde.
Entre elas, estão a presença de diabetes e o uso de remédios com efeitos adversos
para a atividade sexual (essa
reação geralmente é mencionada nas bulas). Avaliações psicológicas ou endocrinológicas igualmente devem ser consideradas.
Em termos de tratamento,
a recomendação inicial do
autor do artigo é fazer o paciente permanecer com peso
normal, praticar exercícios
físicos, não fumar e, se a causa do problema for um remédio, substituí-lo (com a
anuência do médico).
As drogas usadas para disfunção (sildenafil, tadalafil e
vardenafil) são efetivas também para as situações associadas ao diabetes, às lesões
da coluna e aos estados depressivos. Elas têm efetividade similar, mas há diferenças na dosagem, no início da
ação e na duração do efeito
terapêutico, segundo relata
Heidelbaugh.
julio@uol.com.br
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