São Paulo, domingo, 21 de fevereiro de 2010

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PLANTÃO MÉDICO

Uma causa a esclarecer

JULIO ABRAMCZYK
COLUNISTA DA FOLHA

Uma pessoa do sexo masculino de meia-idade, entre os 45 e os 55 anos, portadora de disfunção erétil (dificuldade em manter a ereção para a atividade sexual), teoricamente não precisa se preocupar com o problema. Existem atualmente remédios que podem ajudar a contornar essa dificuldade.
A verdadeira causa, entretanto, precisa ser esclarecida, de acordo com o médico Joel J. Heidelbaugh, da Universidade de Michigan, nos Estados Unidos.
Na revista "American Family Physician" deste mês, ele explica que os primeiros sinais de disfunção sinalizam que uma possível obstrução nas coronárias ou em outras artérias já estaria ocorrendo três anos antes de surgirem os primeiros sintomas de dor no coração ou nas áreas onde circula o sangue periférico.
Por isso, o médico recomenda que seja feito um check-up cardiovascular nesses casos, lembrando também que há a possibilidade de interferência de outras condições de saúde. Entre elas, estão a presença de diabetes e o uso de remédios com efeitos adversos para a atividade sexual (essa reação geralmente é mencionada nas bulas). Avaliações psicológicas ou endocrinológicas igualmente devem ser consideradas.
Em termos de tratamento, a recomendação inicial do autor do artigo é fazer o paciente permanecer com peso normal, praticar exercícios físicos, não fumar e, se a causa do problema for um remédio, substituí-lo (com a anuência do médico).
As drogas usadas para disfunção (sildenafil, tadalafil e vardenafil) são efetivas também para as situações associadas ao diabetes, às lesões da coluna e aos estados depressivos. Elas têm efetividade similar, mas há diferenças na dosagem, no início da ação e na duração do efeito terapêutico, segundo relata Heidelbaugh.

julio@uol.com.br


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