São Paulo, terça-feira, 21 de setembro de 2010

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Governo inclui outro remédio no tratamento

DE SÃO PAULO

Após uma década de reivindicações por parte de entidades de defesa dos pacientes com linfoma, o Ministério da Saúde incluiu, no mês passado, a droga rituximab no sistema público de saúde.
A inclusão veio em meio à liberação de R$ 412,7 milhões para a reestruturação da assistência em oncologia no SUS.
Segundo especialistas da área, apenas doentes de um tipo específico de linfoma (linfoma grande difuso da célula B) terão acesso ao remédio. Esse é o tipo de tumor que acometeu Dilma Rousseff.
Tanto a Abrale quanto a Sociedade Brasileira de Hematologia e Hemoterapia dizem que há inúmeras evidências de que o medicamento pode prolongar a sobrevida também dos doentes com outros tipos de linfoma (o folicular, por exemplo).
Os especialistas afirmam ver motivação eleitoral na decisão do governo de priorizar um determinado tipo de linfoma.
Em nota, o Ministério da Saúde disse que não há impedimento para que o rituximab seja usado nos demais tipos de linfoma.
"Essa é uma decisão que compete ao próprio médico. O hospital habilitado em oncologia poderá padronizar, adquirir e fornecer os medicamentos antineoplásicos."
O ministério continua: "Não há motivação eleitoral na utilização do rituximab por parte dos serviços oncológicos. As evidências de custo e efetividade só se firmaram nos últimos dois anos." (CC)


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