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Foco
Serviço simula casa para ajudar na readaptação de pacientes com tumores
Letícia Moreira/Folha Imagem
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A dona de casa Ana Antunes Ferreira, 77, paciente de câncer, com terapeuta ocupacional da divisão de reabilitação do Icesp
DA REPORTAGEM LOCAL
Um espaço que simula uma
casa é uma das estratégias do
serviço de reabilitação do
Icesp (Instituto do Câncer do
Estado de São Paulo Octavio
Frias de Oliveira) para ajudar
na readaptação do paciente à
vida diária durante o tratamento contra o câncer.
No espaço, há itens como
fogão, geladeira, espelhos, escovas de cabelo e roupas de
cama, tudo para que o paciente "reaprenda" a executar atividades que fazia antes de se
submeter ao tratamento.
Metade dos pacientes do
serviço ambulatorial da reabilitação são mulheres que passaram por uma mastectomia
-cirurgia para retirada da
mama. Como a cirurgia também elimina alguns linfonodos, envolvidos na drenagem
de líquidos do corpo, essas
mulheres têm inchaços que
podem comprometer movimentos do braço, além de dores e limitações na movimentação dos ombros.
Segundo os responsáveis, o
objetivo é que as mulheres
não abandonem suas tarefas e
prazeres cotidianos, mas que
possam modificar a forma de
realizar essas atividades. O
atendimento é feito por profissionais como fisiatras, fisioterapeutas, terapeutas ocupacionais e psicólogos.
"A ideia é que elas possam
simular as atividades diárias
para poder executá-las com
independência e segurança",
explica a fisiatra Christina
Brito, coordenadora da reabilitação do Icesp. "O trabalho
ajuda no retorno à vida diária", diz ela, lembrando que a
reabilitação começa ainda durante a internação.
Além dessas pacientes, o espaço atende pessoas que sofreram amputações ou que
têm dificuldades de mobilidade. O serviço faz cerca de
1.300 atendimentos por mês.
(GABRIELA CUPANI)
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