São Paulo, domingo, 22 de maio de 2011

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PLANTÃO MÉDICO

JULIO ABRAMCZYK - julio@uol.com.br

A falta de higiene em hospitais

Para nós, lavar as mãos antes de uma refeição é um ato natural e automático, assim como para muitos médicos e trabalhadores da saúde, antes de examinar ou cuidar de um paciente.
Mas não é o que acontece com a frequência desejável, segundo a OMS (Organização Mundial da Saúde). Lavar as mãos é simples: ensaboá-las bem, para formar volumosa espuma. O jato d'água da torneira leva embora o perigo para a nossa saúde ""sujeira e micróbios.
Na semana passada, durante o 21º Congresso Europeu de Microbiologia Clínica e Doenças Infecciosas, realizado em Milão, Itália, representantes da OMS afirmaram que quase a metade dos profissionais da área da saúde ao redor do mundo deixam de tomar um cuidado primário de proteção aos pacientes.
É o que a OMS denomina de "Momento 1", disse a médica Benedetta Allegranzi na reunião. Esse "Momento 1" "lavar as mãos"" é particularmente importante antes de examinar ou mexer em um paciente. É a forma de evitar transferência de germes de um paciente para outro.
Allegranzi e colaboradores da OMS coletaram dados sobre higiene das mãos em 1.527 hospitais de 47 países.
O estudo verificou que o "Momento 1" era maior em países europeus (64% de 22.278 observações) e menor nas Américas (26% de 23.183 observações).
As enfermeiras mostraram maior conformidade com esses cuidados (64%) do que os médicos (48%).
Os melhores níveis de higiene nas mãos foram registrados no ambulatório (72%) e nos departamentos de clínica médica (60%) e de terapia intensiva (59%); os menores foram nos departamentos de obstetrícia.


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